10/01/2022 às 07h49min - Atualizada em 10/01/2022 às 07h49min

​ANVISA X BOLSONARO

DESTAQUE NA IMPRENSA INTERNACIONAL


Bolsonaro quer ser notícia. E afunda cada vez mais por causa desse desvario. No seu duelo contra as vacinas – como um Quixote do Mal –, atacou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por ter autorizado vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra o coronavírus.  
O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, naturalmente teve que defender a vacinação e criticou as insinuações de Jair Bolsonaro sobre eventuais interesses da agência na vacinação infantil.
Resultado: a Reuters, uma das principais agências de notícias do mundo, destaca, em sua primeira página internacional, a nota do presidente da Anvisa em que ele critica Jair Bolsonaro por insinuar interesses escusos da agência no caso da vacinação infantil.
 
Antonio Barra Torres, contra-almirante aposentado e presidente da Anvisa, tornou público uma carta a Bolsonaro onde pede ao presidente que comprovasse a sua declaração de que havia "interesses" não revelados por trás da decisão da vacina ou então retraísse suas palavras.
 
Bolsonaro foi contra aprovar o uso para crianças de 5 a 11 anos da vacina pediátrica fabricada pela Pfizer Inc (PFE.N), dizendo que não tinha ouvido falar de crianças morrendo de COVID-19.
Em uma entrevista de rádio, Bolsonaro disse: "O que está por trás disso? Quais são os interesses dos maníacos por vacinas?"
 
Ao contrário do que pensa Bolsonaro, que se gaba de não ter sido vacinado e questiona consistentemente a eficácia e segurança das vacinas contra o coronavírus, a Anvisa e órgãos reguladores de saúde em todo o mundo descobriram que as vacinas COVID-19 são seguras para pessoas a partir de 5 anos de idade. Segundo o conselho dos secretários estaduais de saúde, pelo menos 300 crianças de 5 a 11 anos já morreram no Brasil por COVID-19.
 
Bolsonaro, que é capitão, teve que engolir a divergência do Exército do Brasil que, na semana passada, ordenou que os soldados se vacinassem, usassem máscaras e mantivessem distância social, e os alertou contra a divulgação de notícias falsas sobre a pandemia.
 
Ou seja, até o Exército alerta contra o perigo Bolsonaro...
 
Leia também no Brasil247 e Reuters.
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