21/11/2021 às 09h58min - Atualizada em 21/11/2021 às 09h58min

​MENOR ENEM DESDE 2005

FUTURO QUE NÃO CHEGA, SONHOS QUE SE VÃO...


Olhe bem em volta. Veja com atenção esse Brasil que nós temos. Avalie, veja a tristeza de nossos jovens. Fique indignado com o preconceito: o número de inscritos com isenção da taxa por declaração de carência caiu 77% em relação à última prova e, além disso, apenas 11,7% dos inscritos para o ENEM 2021 são pretos. Esse é o país que queremos? Não, é um país bolsonárico.
 
Neste domingo, 21, realiza-se, em todo o Brasil, a primeira parte do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) 2021. Infelizmente, com uma notícia triste para o país: apenas cerca de 3,4 milhões de estudantes se inscreveram. É o menor número de candidatos desde 2005, quase a metade do que o MEC esperava. E tem mais: são principalmente os pobres que ficaram de fora do exame. Um levantamento feito pelo SEMESP (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior de São Paulo) mostra que o número de inscritos com isenção da taxa por declaração de carência caiu 77% em relação à última prova. Além disso, apenas 11,7% dos inscritos para o ENEM 2021 são pretos. É a menor proporção desde 2009, quando eles representaram 6,3% dos inscritos.
 
É um resultado da crise econômica e social do país, com o desemprego e o empobrecimento das famílias durante a pandemia, que piorou a situação dos jovens de baixa renda. Muitos tiveram de ir trabalhar para sobreviver – e a sobrevivência fala mais alto. “A morte de parentes próximos pela COVID-19 também forçou jovens a buscarem emprego, antes de pensarem em continuar os estudos”, lembra o Estadão.
“Tem hora que dá desespero. Sempre gostei de estudar e não tenho oportunidade”, diz o jovem de Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.
 
Junto com esses sonhos, vão os sonhos de todo o país. Sonho de um Brasil digno, capaz de investir no presente para garantir um futuro melhor. Um futuro sem Bolsonaro, portanto. E isso precisa ser providenciado desde já. O futuro se escreve com Lula.
 
Leia também no Brasil247 e Estadão.
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