18/05/2020 às 07h16min - Atualizada em 18/05/2020 às 07h16min

VOLTA ÀS AULAS NA AUSTRÁLIA

​UM “DEVER DE CASA” CAUTELOSO

 
New South Wales (NSW), estado onde fica a capital, Sidney, decidiu a volta às aulas na próxima segunda-feira, dia 25, depois de uma parada de dois meses, na maior interrupção na educação australiana em décadas.
Ainda assim, esse retorno não significa um retorno ao que era nos tempos normais. Para reduzir o risco de contágio do coronavírus (Covid-19), não serão permitidos grandes encontros ou assembleias, nem esportes entre escolas, nem a presença dos pais dentro dos campus.
 
A decisão é motivo de alegria para muitos alunos - que estão sentindo falta de seus amigos e professores - e também para os pais, que lutam para supervisionar as aulas online enquanto gerenciam suas próprias cargas de trabalho.

O diretor interino do Conselho de Diretores Secundários de NSW, Craig Petersen, disse que os diretores também aceitariam a decisão.
"Ainda há ansiedade em relação ao distanciamento social, mas isso ‘matou’ todos, com as tarefas e a logística", disse ele. "Eles ficarão aliviados por voltar ao normal. Ainda haverá dificuldades - ainda temos funcionários nas categorias de alto risco que têm que se manter afastados. Também será muito importante que os pais fiquem longe da escola".
 
Muitas escolas particulares também estão trazendo os alunos de volta em tempo integral a partir de segunda-feira - quando as escolas em Queensland e Victoria também serão reabertas. Mas elas ainda estão cheias de dúvidas. A Escola Católica, por exemplo, também espera que os alunos retornem até o final de maio, mas está com muitas dúvidas e até pediu orientação ao governo federal. "Um dos problemas é a disponibilidade de pessoal para receber uma carga total de alunos na escola", escreveu o diretor-executivo, Dan Tehan.

Angelo Gavrielatos, presidente da Federação de Professores de NSW, disse que o sindicato espera que o anúncio do governo seja acompanhado por orientações claras sobre as modalidades de trabalho para funcionários vulneráveis. "Da mesma forma, procuraremos dar conselhos claros para os pais em termos de responsabilidade e transporte de estudantes, uma área de preocupação", afirmou ele.

Os alunos estudam remotamente desde 24 de março. E as escolas foram preparadas para um período inteiro de aprendizado remoto. Há duas semanas, o governo ainda pensava em reabrir totalmente as escolas somente no terceiro período, após um aumento gradual nos dias de participação dos estudantes. Vamos torcer para que a volta às aulas tenha nota 10.
E nós, aqui no Brasil, torcemos para que o retorno, quando for necessário e possível, seja tranquilo - e sem Bolsonaro atrapalhando...

A partir de reportagem
de Jordan Baker e Alexandra Smith,
no The Sydney Morning Herald

 
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