30/05/2021 às 19h04min - Atualizada em 30/05/2021 às 19h04min

CUBA E ARGENTINA UNIDOS

EM DEFESA DA VACINA


Cuba e Argentina assinaram um acordo garantindo a vontade dos dois países em colaborarem na produção dos imunizantes contra a Covid-19, desenvolvidos na ilha, durante visita de autoridades argentinas a Havana – segundo noticiou nesse sábado, 29, o jornal Granma, cubano.
O acordo foi firmado pela ministra da Saúde argentina, Carla Vizzotti, e pelo ministro cubano, José Ángel Portal. Ele "inclui a vontade de colaborar com as vacinas desenvolvidas na ilha contra a Covid-19, na imunização da população de Cuba e Argentina, assim como dos países da América Latina e do Caribe", destacou o jornal do PCC (Partido Comunista Cubano).

A TV cubana noticiou que Vizzotti foi recebida neste sábado no Palácio da Revolução pelo presidente Miguel Díaz-Canel, com quem abordou "o avanço das vacinas cubanas e os medicamentos que Cuba desenvolve" contra o coronavírus. Ela acrescentou que "também fizeram intercâmbios sobre as possibilidades de cooperação com a Argentina e outras nações latino-americanas e caribenhas", destacando que Cecilia Nicolini, assessora do presidente argentino, Alberto Fernández, também participou do encontro.

Cinco projetos de vacina
Vizzotti e Nicolini chegaram a Havana na quinta-feira, dia 27, para conhecer o andamento dos cinco projetos de vacinas cubanas contra o coronavírus, bem como os resultados das primeiras fases de ensaios clínicos e estratégias de vacinação realizadas pelas autoridades sanitárias do país.

A visita explora "as possibilidades de colaboração entre Argentina e Cuba para acelerar os processos, favorecer a escalada da produção e do acesso tanto para os cubanos, como para os argentinos e toda a região", disse Vizzotti à televisão local.
Segundo a mídia argentina, o presidente Fernández manifestou sua disposição de colaborar com Cuba no desenvolvimento de vacinas cubanas contra a Covid-19.

Endurecimento do embargo americano
Na sexta-feira, 28, Cuba denunciou que o endurecimento do embargo dos Estados Unidos, vigente desde 1962, tinha impossibilitado a fabricação de doses suficientes de vacinas antiCovid para sua população, atrasando sua campanha de imunização.
A ilha tem cinco candidatas a vacinas desenvolvidas localmente. Duas delas, Soberana 2 e Abdala, aguardam autorização para uso emergencial ou condicional, pelas autoridades sanitárias do país, prevista para junho.
Diante do aumento dos casos registrados nos últimos meses, o governo lançou uma campanha de vacinação de populações de risco com estes dois imunizantes em 12 de maio, através de um protocolo conhecido como intervenção de saúde pública.
No Twitter, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, saudou a visita da delegação argentina: "ter os irmãos em casa é sempre uma boa notícia. As vacinas de Cuba também foram concebidas pensando neles".
Apesar da alta dos contágios, Cuba continua em situação melhor do que seus vizinhos, com 140.087 casos positivos e 943 óbitos desde março do ano passado.

Leia também RFI  (Request For Information), com informações da AFP.

 
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