26/05/2021 às 08h30min - Atualizada em 26/05/2021 às 08h30min

​A CAPITÃ CLOROQUINA ENQUADROU O CAPITÃO

“DEFENDO MÁSCARA, LUVAS E AFASTAMENTO SOCIAL”


A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, pode ser tudo – menos boba. Durante o seu depoimento na CPI da Covid, deu um show. De tranquilidade, de aparentemente bem informada, de habilidade na distribuição de informações. Comprometeu claramente tanto Pazuello quanto Bolsonaro, mas fez questão de dizer que não faria acusações contra seus superiores, principalmente um ministro e um presidente da República. Corrigiu datas e locais citados pelos superiores. E não defendeu o uso amplo, geral e irrestrito da cloroquina como todos imaginavam. Ao contrário, fez questão de deixar claro que defende o uso de máscara, luvas e afastamento social – o que, aliás, demonstrou durante o depoimento. Mas manteve a defesa de utilização da cloroquina em casos muitíssimos específicos, como aliás se faz há dezenas de anos, segundo afirmou.

O próximo passo é convocar o general Pazuello de volta à CPI, para explicar as contradições com relação ao depoimento da “capitã”. O alto comando do Exército pressiona para que ele passe para a reserva, porque participou da motocicletada política de Bolsonaro. Não querem as forças armadas envolvidas com as bolsonarices. Mas a explicação final por tanta incompetência e desumanidade no combate à pandemia do coronavírus tem que ser cobrada diretamente de Jair Bolsonaro. Hoje, 26 de maio de 2021, chegamos a cerca de 17 milhões de casos e de 455 mil mortes. Ele tem que explicar isso. Não apenas não assumiu o controle – ele estimulou esse resultado.


Leia também Folha e Brasil247.
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