Alemanha vai classificar a França como uma zona de alto risco para Covid-19, disse a chanceler Angela Merkel, em uma medida que pode fazer com que Berlim aumente os controles de fronteira e exija quarentena obrigatória para entrar no país.
A France-Presse afirma que a decisão entra em vigor nesta sexta-feira, 26, e será anunciada pelo Instituto Nacional de Saúde, do Instituto Robert Koch, de acordo com o jornal FAZ.
As taxas de incidência da Covid-19, que medem o número de infecções nos sete dias anteriores, ultrapassaram o limite de 200 em vários estados franceses. Na Ile-de-France, a região que abrange a capital Paris, já passou de 600.
"Com essa incidência tão alta, é uma necessidade ... um processo praticamente automático", disse a chanceler Merkel em uma entrevista coletiva em Berlim na quinta-feira, 26, como parte de uma cúpula da UE (União Europeia) focada na luta contra a Covid-19.
“Não se trata aqui de uma decisão política, mas quando vemos a evolução da taxa de incidência - como é o caso aqui - ultrapassar o patamar de 200 por muito tempo, isso exige uma classificação como zona de alto risco”, ela acrescentou. (Sinceramente, Angela Merkel não conversou com Bolsonaro sobre o que significa ‘alto risco’...)
Até agora, apenas a área da fronteira francesa de Mosela foi classificada pela Alemanha como zona de alto risco. A classificação impõe várias restrições de viagem, incluindo a exigência de obter um resultado de teste negativo antes de entrar em território alemão, quarentena de 10 dias, bem como a imposição de controles estritos de fronteira. Berlim também colocou o estado austríaco do Tirol e a República Tcheca na mesma categoria. Mas Merkel deu a entender na quinta-feira que a França poderia receber tratamento especial e evitar controles rígidos de fronteira, apesar de ser classificada como uma área de alto risco. “Há todo um procedimento de teste específico ... que está em discussão com a França”, disse ela.
O secretário de Estado francês para os Assuntos Europeus, Clement Beaune, “está negociando a flexibilização dos termos ... para evitar que a fronteira seja fechada”, como a AFP apurou nessa quinta-feira junto do seu staff em Paris.
Infelizmente, Bolsonaro não foi lá, continua atrapalhando por aqui. Enquanto isso, aquele governador paulista lançou a “Butanvac”, a vacina do Butantã. Será que a Anvisa do Bolsonaro vai aprovar?