29/12/2020 às 09h52min - Atualizada em 29/12/2020 às 09h52min

​BOLSONARO NÃO AGUENTA MAIS QUARENTENA

O PAÍS NÃO AGUENTA MAIS BOLSONARO...


Bolsonaro foi a Santos, nessa segunda-feira, 28. Diz ele que foi participar de um jogo beneficente na Vila Belmiro. Obviamente aproveitou para distribuir entrevistas, ainda no gramado do estádio. Reafirmou sua posição de gandula envolvendo a produção de vacinas e criticou o endurecimento de medidas restritivas em relação à pandemia do novo coronavírus por parte de alguns estados.
 
“Estou vendo que todos vocês estão de máscara, mas agora não adianta se esconder do vírus. Temos de tomar cuidado com o idoso que tem comorbidade, esse vírus vai ficar em nós a vida toda. Nós não aguentamos mais o lockdown, mais medidas restritivas que quebram a economia. Nós não temos mais capacidade de nos endividar, gastamos mais de 700 bilhões de reais na pandemia”, afirmou. “Eu sei que a vida não tem preço, lamento as mortes, mas não precisa ficar comesse pavor todo”, disse, sem entender que o país tem mais pavor dele do que do corona, que já provocou quase 200 mil mortes no Brasil até hoje.
 
Bolsonaro também citou exemplos de cidades onde parte de moradores e comerciantes se rebelou contra as medidas de restrição adotadas contra a pandemia. “Em Fortaleza (12 mil casos no Ceará), o povo ignorou o decreto do governador; em Manaus (9.608 casos), o povo ignorou o decreto do governador; em Búzios (quase 3 mil casos), o povo foi para a rua e o desembargador revogou uma liminar de um juiz”, disse, orgulhoso dessa idiotice.
 
Perguntaram pra ele o que achava sobre as consequências da pandemia que matou mais de 190.000 brasileiros. Pergunta inútil, porque Bolsonaro não tem noção de nada. Disse que não errou em nenhuma medida de combate ao vírus (momento em que os presentes certamente deram um sorriso malicioso...). “Aumentou o número de suicídios, aumentou briga em casa entre marido e mulher, número de mortos. Entre a garotada abaixo de 40 anos, quase ninguém contrai e se contrai é assintomático, então para que esse pavor todo? A vida tem que continuar. Eu não errei nenhuma medida. Quando diminuí o imposto da vitamina D, me criticaram, falaram que para quem é saudável a chance é de 40% a menos de contrair o vírus. Eu não errei em nenhuma, zero.” E, pensando bem, ele tem razão: foram os eleitores que erraram...
 
Leia também em Veja.
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