O general Oswaldo Ferreira rebateu Bolsonaro sobre os índices de casos e de morte da pandemia do coronavírus (Covid-19): “Os números são ditadores. A doença é muito perigosa, cada vez mais me convenço do problema”. O general fala com conhecimento de causa, porque é o presidente da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). Ele criticou a inércia do governo Jair Bolsonaro no combate à pandemia da Covid-19, em entrevista ao jornalista Guilherme Amado, da revista Época. A EBSERH é uma estatal vinculada ao MEC (Ministério da Educação) e responde pela administração de 40 hospitais universitários. Segundo o general, “ninguém pode relaxar nada. Pelo contrário”. “Não pode baixar a guarda, tem que estar com proteção, com higienização, e fazer de tudo para não pegar essa doença”, completou.
Trata-se de declaração oposta a tudo que foi adotado por Bolsonaro diante da crise que o país – assim como o mundo inteiro – enfrenta no momento. O capitão-presidente tem desprezado o uso de orientações médicas e cientificas para evitar o contágio, além de minimizar a gravidade da crise sanitária que já matou mais de 190 mil brasileiros. É uma grande irresponsabilidade com relação à população brasileira.
O general também defendeu a vacinação contra o coronavírus e disse que a estatal que preside está para ser empregada pelo governo no enfretamento à pandemia. “Tomara que a vacina venha rápido. É importante que seja efetiva para isolar o vírus. Se a EBSERH tiver de ajudar, estamos prontos em qualquer sentido: vacinação, armazenamento de material, logística. Podemos reativar leitos a qualquer momento”, disse. Se continuar com a intransigência, esse capitão-presidente vai acabar sendo rebaixado a cabo-de-vassoura...
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