11/12/2020 às 08h04min - Atualizada em 11/12/2020 às 08h04min

​CORONAVÍRUS CRESCE

FUNCIONÁRIOS DA ANVISA DESMENTEM BOLSONARO


Bolsonaro teve a ousadia demoníaca de afirmar que o Brasil vive “um finalzinho de pandemia”. Infelizmente o Brasil não vive nem mesmo o finalzinho dele, que deve continuar pandemizando nossa política até o final de 2022 – ou seja, mais 760 dias!
Os números mostram que o coronavírus (Covid-19) está atacando na maior parte do país. Das 27 unidades da federação, 20 estão em estágio pior do que há um mês, mostra o monitor da Folha. Mas Bolsonaro continuou pandemizando: "Nosso governo, levando em conta outros países do mundo, foi o que melhor se saiu no tocante à economia. Prestamos todos os apoios possíveis a estados e municípios". Se houvesse um caixão presente, o morto se levantaria e agrediria Bolsonaro imediatamente. Quem se levanta contra ele são os números!
 
Na comparação da classificação dos estados e do Distrito Federal nessa quinta, 10, com o registrado no meio de novembro, pelo Monitor de Aceleração da Covid-19 da Folha, apenas 6 estados não pioraram no período: Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Piauí e Roraima.
Mesmo assim, eles estão com crescimento no número de casos e podem piorar na classificação nos próximos dias.
 
Na metade de novembro, apenas entre os catarinenses o coronavírus estava em crescimento rápido. Agora, isso acontece em 15 estados.
Outros indicadores apontam para uma piora na pandemia do país. Em cerca de um mês, subiu de seis para oito o número de capitais com mais de 80% dos leitos de UTI ocupados. As filas para testes aumentaram, e em cidades como o Rio há fila também por leitos de UTI.
 
Apesar desses dados imbatíveis (e indesmentíveis...), Bolsonaro afirmou que o Brasil tem sido um dos melhores países no combate ao vírus. Vamos repetir: Bolsonaro afirmou que o Brasil tem sido um dos melhores países no combate ao vírus!!! Ignora que nosso país (que, é o dele também) já é o terceiro país com mais casos e o segundo com mais mortes!!!
Considerando-se o tamanho da população, as posições do Brasil são 28ª e 17ª, respectivamente. São 179 mil mortes até agora e quase 7 milhões de casos registrados – e o número pode ser maior, considerando que há subnotificação...
 
Com a aproximação das festas de fim de ano e o avanço da doença, os governadores e os prefeitos estão providenciando medidas para tentar conter o fluxo de pessoas e, consequentemente, a disseminação do vírus. Enquanto isso, Bolsonaro provavelmente só está pensando em festas.
 
Em São Paulo, o governo João Dória (PSDB) decidiu reclassificar as atividades permitidas durante a pandemia, reduzindo o horário de funcionamento e a capacidade de atendimento do comércio. Curitiba restringiu o consumo de bebidas alcoólicas em espaços públicos, e algumas cidades adotaram toque de recolher.
Segundo monitoramento do Google com base em aparelhos móveis, o fluxo de pessoas aqui no Brasil está hoje acima do que estava no começo do ano, o que mostra o esvaziamento das medidas de isolamento social.
 
É verdade que o monitoramento da evolução de mortes e de casos no Brasil ficou prejudicado nas últimas semanas devido a um problema no sistema do Ministério da Saúde, que centraliza os dados. Vai ver que até mesmo o sistema foi contaminado...
 
O período mais crítico ocorreu entre 6 e 13 de novembro, quando estados como São Paulo não conseguiram inserir dados no sistema. Mas agora é seguro dizer que a aceleração da doença não tem mais relação com o apagão de dados.
O monitor apresentado pela Folha tem como base um modelo estatístico desenvolvido por Renato Vicente (professor do Instituto de Matemática da USP e membro do coletivo Covid Radar) e por Rodrigo Veiga (doutorando em física pela USP).
A situação em cada local recebe uma classificação, com cinco possibilidades: inicial, acelerado, estável, desacelerado e reduzido.
 



A fase inicial é aquela em que surgem os primeiros doentes. O Brasil já não tem nenhuma cidade com mais de 100 mil habitantes nessa situação.
A fase acelerada é aquela em que há aumento rápido do número de novos casos.
Na fase estável, ainda há número significativo de pessoas sendo infectadas, mas a quantidade de novos casos é constante.
Na fase da desaceleração, o número de novos casos, com o tempo, cai consideravel.
Na etapa reduzida há poucos casos novos (ou nenhum), levando em consideração o histórico da epidemia naquele lugar.
 
Já a fase de desaceleração de Bolsonaro é permanente...
 

Leia no Brasil 247 e na Folha.
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Daqui&Dali Publicidade 1200x90