Entrada bloqueada do mercado de frutos do mar, em Wuhan, na China, onde acredita-se que o coronavírus classificado como Covid-19 (corona virus disease-2019) tenha surgido.
Caçadores de vírus internacionais (isso existe!) devem ir para a China em breve. A OMS (Organização Mundial de Saúde) informou nessa segunda-feira, dia 23, que recebeu garantias de Pequim de que especialistas internacionais logo poderão viajar para a China para ajudar a investigar a origem animal do coronavírus tipo Covid-19, segundo informação da AFP (Agence France-Presse).
“Esperamos - e temos garantias de nossos colegas do governo chinês - que a viagem ao campo será facilitada, e o mais breve possível”, disse o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan, em uma coletiva de imprensa virtual. “Precisamos conseguir que a equipe internacional se junte aos nossos colegas chineses, para ver os resultados dos seus estudos e verificar os dados in loco”, disse ele.
Ryan elogiou a “tremenda quantidade de material de investigação científica” feita pelos chineses, mas disse que especialistas internacionais precisam envolver-se “para que a comunidade internacional possa ter certeza sobre a qualidade da ciência”. “Isso é extremamente importante e continuamos esperando que seja o caso.” (em outras palavras, não estão confiando muito...)
A OMS vem trabalhando há meses para enviar à China uma equipe de especialistas internacionais - incluindo epidemiologistas e especialistas em saúde animal - para ajudar a investigar a origem animal da nova pandemia de coronavírus e para entender como o vírus passou para os humanos. A agência de saúde da ONU enviou uma equipe avançada a Pequim em julho para estabelecer as bases para a investigação internacional, mas não ficou claro quando uma equipe maior de cientistas seria capaz de ir também para iniciar estudos epidemiológicos e tentar identificar o primeiro caso humano e sua fonte de infecção.
Os cientistas inicialmente acreditaram que o vírus assassino saltou de animais para humanos em um mercado que vendia carne de animais exóticos na cidade de Wuhan, onde o vírus foi detectado pela primeira vez no ano passado. Mas os especialistas agora acham que o mercado pode não ter sido a origem do surto, mas, sim, um lugar onde ele foi amplificado.
