O coronavírus (Covid-19) continua a sofrer mutações, com especialistas acreditando que ele provavelmente está se tornando mais contagioso, já que os casos nos Estados Unidos começaram a aumentar novamente, de acordo com novas pesquisas.
O novo estudo nos EUA analisou 5.000 sequências genéticas do vírus, que continuou a sofrer mutações à medida que se espalhava pela população. O estudo não descobriu se as mutações tornaram o vírus mais letal ou se alteraram seus efeitos, embora possa estar se tornando mais fácil de ser infectado, de acordo com reportagem do Washington Post, que observou que especialistas em saúde pública reconhecem que todos os vírus têm mutações, a maioria delas insignificantes.
David Morens, virologista do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, disse que o novo estudo não deve ser interpretado de forma exagerada, mas acrescentou que o vírus pode estar respondendo a intervenções de saúde pública, como o distanciamento social.
“Todas essas coisas são barreiras para a transmissibilidade, ou contágio, mas conforme o vírus se torna mais contagioso, estatisticamente é melhor contornar essas barreiras”, disse ele. Morens observou que isso pode significar que o vírus pode continuar a sofrer mutações mesmo depois que uma vacina estiver disponível, o que significa que a vacina terá que ser corrigida - assim como a vacina contra a gripe é alterada a cada ano.
Vinte estados experimentaram um aumento de mais de 5% em seus casos de Covid-19 nas últimas duas semanas, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. Os EUA já apresentam mais de 7 milhões de casos e já ultrapassaram as 200.000 mortes por coronavírus nesta sexta-feira, dia 25. Continuam liderando como o país com o maior número de casos e mortes por coronavírus. O aumento mais recente de casos concentrou-se principalmente no oeste e no centro-oeste, em estados como Colorado, Wyoming, Wisconsin e Montana. O Texas, que viu um grande aumento de casos durante o verão, observou um aumento notável de casos nos últimos dias, relatando mais de 11.000 novos casos.
Os especialistas em saúde pública dizem que é muito cedo para dizer se o aumento nos casos é um breve aumento como consequência do feriado do Dia do Trabalho (7 de Setembro) ou se é o início de uma tendência de alta, já que o clima começa a esfriar em muitas regiões. Especialistas alertaram que ambos os eventos, além da reabertura de escolas e universidades, podem levar a um aumento nos casos. Em audiência no Congresso na quarta-feira, dia 23, o Dr. Robert Redfield, diretor dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), enfatizou os dados que mostram que os jovens americanos têm impulsionado o aumento dos casos. De acordo com Redfield, as pessoas de 18 a 25 anos representam 26% dos novos casos de coronavírus - o maior percentual entre todas as faixas etárias. Redfield também disse que mais de 90% da população americana permanece suscetível ao Covid-19, derrubando qualquer crença sobre o desenvolvimento de imunidade generalizada. E é bom lembrar que o Brasil do “contagiante” Bolsonaro adora seguir de perto os Estados Unidos de Trump: já atingimos, neste 25 de setembro, 4.659.909 casos e 139.883 mortes...
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