20/07/2020 às 14h02min - Atualizada em 20/07/2020 às 14h02min

ESTUDO APONTA SUCESSO NO PRIMEIRO TESTE DA VACINA DE OXFORD CONTRA O CORONAVÍRUS

O RESULTADO É DA FASE 1. OS CIENTISTAS JÁ ESTÃO NA FASE 3.


Vem do Reino Unido uma notícia promissora no combate ao coronavírus. A revista científica Lancet publicou, nessa segunda-feira, 20, o resultado da primeira fase dos testes da vacina produzida pela Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca. Os resultados preliminares indicam que ela é segura, induz à criação de anticorpos, após 28 dias, e com poucos efeitos colaterais.
A pesquisa foi realizada com 1077 adultos saudáveis. O grupo de controle foi vacinado contra a malária. Ao ser testado um sub-grupo de 10 pessoas, a análise indica que os efeitos poderiam ser ainda mais positivos depois de uma segunda dose da vacina. Eles podem ser reduzidos com o uso do paracetamol. Entre os participantes, 70% relataram que sentiram fadiga e 68% dor de cabeça.
A vacina britânica é a mais adiantada no mundo. Os cientistas afirmam que já estão na fase 3, os estudos continuam e já vai ser testada nos idosos. 
O Brasil participa desses estudos através da Fiocruz, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos). Aqui vão ser testados 5 mil voluntários.
Apesar do avanço, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse não estar “100% confiante” que a vacina contra a Covid-19 seja concluída e distribuída até o final de 2020. Mesmo assim, o Reino Unido já garantiu 100 milhões de doses. O Brasil terá direito a 30 milhões.
Outra  esperança contra a Covid-19, a vacina chinesa chegou a São Paulo, nessa segunda-feira. Produzida pelo laboratório Sinovac Biotech, ela  vai ser testada pelo Instituto Butantã, parceiro brasileiro. Inicialmente, serão 9 mil voluntários da área de saúde. Os estudos já estão na fase 3 e os cientistas esperam que a vacina prove que é eficaz e é capaz de produzir os anticorpos para imunização contra a Covid-19. 
Segundo o governo do Estado de São Paulo, o Butantã já está adaptando uma fábrica para a produção da vacina no Brasil, assim que ela for aprovada. A estimativa é que a produção atinja 100 milhões de doses e que 60% será destinada à distribuição no país. 

Leia mais Lancet e Ig
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »