A SEGUNDA ONDA VEM AÍ!

A China não brinca em serviço – ou seja, não tem Bolsonaro no comando. Hoje (domingo, 28) foram registrados 17 novos casos do novo coronavírus (Covid-19). A Comissão Nacional de Saúde da China informou que, dos 17 novos casos, 14 deles foram em Pequim. Já são 300 novos casos na capital, em pouco mais de duas semanas, reforçando o temor de uma segunda onda de infecções – em um país que já tinha contido a pandemia! Com os novos casos, o governo decidiu isolar quase meio milhão de pessoas na região de Anxin, localizada a 60 quilômetros de Pequim.

Todas as infecções, até agora, foram detectadas na região de Pequim, onde ocorreu um surto no início do mês, fazendo com que grande parte da população local fosse testada. Os novos casos foram causados por transmissão interna. Somente outros três casos foram diagnosticados em pessoas que chegaram do exterior (os “importados”) e estavam localizados em Xangai (24 milhões de habitantes), província de Xianxim (40 milhões de habitantes) e província de Gansu (27 milhões de habitantes). Os 17 casos deste sábado são quatro a menos do que os registrados na sexta e quatro a mais do que os detectados na última quinta-feira.
As autoridades de saúde detalharam que, até este sábado, dia 27, sete pacientes receberam alta, elevando o número total de infectados ativos na China para 415, dos quais, oito estão em estado grave. O governo não anunciou novas mortes, portanto, esse número permanece em 4.634, entre as 83,5 mil pessoas infectadas oficialmente na China desde o início da pandemia e das quais 78.451 superaram a doença com sucesso.
Até o momento, 761.721 contatos estreitos com os infectados foram monitorados clinicamente, dos quais 7.445 ainda estão em observação e, desses, oito seriam casos suspeitos de infecção pelo vírus. Quanto aos infectados assintomáticos, a China registrou sete novos casos neste último relatório, deixando em 106 o número total de pessoas nessas circunstâncias.

Cerca de um terço dos novos casos relatados até agora está relacionado à seção de carne bovina e de cordeiro do mercado, informaram autoridades da cidade no domingo em entrevista coletiva.
—  A situação epidêmica na capital é séria e complexa —  disse Xu Hejian, porta-voz da prefeitura da cidade.
Os testes de diagnóstico são direcionados principalmente àqueles que frequentavam o mercado, funcionários de restaurantes, entregadores e moradores de áreas residenciais consideradas de risco.
No total, 8,3 milhões de amostras foram coletadas e 7,7 milhões foram analisadas, anunciou o município neste domingo. Isso equivale a quase metade da população de Pequim, de 22 milhões de habitantes.
Para nós, aqui no Brasil, ficam duas lições: 1) não podemos subestimar o perigo do coronavírus, que continua bastante ameaçador, preparando-se para nova onda; 2) quem tem Bolsonaro tem risco bem maior.

 

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