O coronavírus (Covid-19) é um grave problema global, que não escolhe país para atacar. Ou melhor, escolhe, sim. Alguns souberam – e tiveram condições – de se proteger e de combater o vírus, como o Vietnam, que não teve nenhuma morte. Outros foram tomados de surpresa e mostraram grande despreparo para a nova realidade.
Nós, no Brasil, temos acima de tudo o problema Bolsonaro. Ele próprio é uma espécie de vírus que temos que combater, com unhas e dentes, para evitar que aniquile todos nós. Mas temos também outro problema a resolver que é descobrir a melhor maneira de proteger os povos indígenas, em princípio mais frágeis diante dessa ameaça global. Felizmente temos os nossos indigenistas, nossos antropólogos e muita gente disposta a apoiá-los. Temos, por exemplo, a atuação da Rádio Xingu+, sempre ativa (em parceria com as instituições Mẽbêngôkre que fazem parte da Rede, como o Instituto Raoni, o Instituto Kabu e a Associação Floresta Protegida), informando sobre o coronavírus e sobre como se proteger de sua ameaça.
Aqui estão dois áudios como exemplo do que é feito. Os textos estão logo abaixo. Clique aqui para ouvir o primeiro áudio.
Olá pessoal, aqui é Bemoyti e está no ar o terceiro áudio informativo mebêngôkre da rede Xingu+. Por que será que algumas pessoas não acreditam que a COVID-19 é uma doença perigosa? Essa doença é muito perigosa! Precisamos continuar em isolamento social nas aldeias, a doença já chegou no entorno dos nossos territórios! Vamos escutar o recado do doutor Douglas Rodrigues e do nosso amigo Bàri´y, o Pimenta da aldeia Kôkrajmôrô!!! Vamos divulgar nossa voz para todos os mebêngôkre ficarem na aldeia! XinguMais
Olá pessoal, aqui é O-e Kaiapó e está no ar o quarto áudio informativo mebêngôkre da rede Xingu+. É com muita tristeza que informamos as primeiras mortes entre os Mebengokre pela COVID-19. A doença já chegou em algumas aldeias e está machucando o nosso povo. Precisamos manter o isolamento social e evitar visitas entre aldeias para a doença não se espalhar. Vamos ouvir o recado da Dra Sofia Mendonça, que trabalha como nossa médica há muitos anos. Vamos divulgar a nossa voz para todos os mebêngôkre ficarem na aldeia! SócioAmbiental
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