27/03/2020 às 15h31min - Atualizada em 27/03/2020 às 15h31min

​ALIANÇA UNIVERSITÁRIA CONTRA O CORONAVÍRUS

UFMG E FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ UNEM-SE A UNIVERSIDADES BRITÂNICA E CHINESA

 
A UFMG, a Fundação Oswaldo Cruz, a Queen Mary University (QM, do Reino Unido) e a Huazhong University of Science and Technology (HUST, da China) formaram uma aliança para troca de informações científicas sobre o combate ao novo coronavírus (Covid-19). As instituições brasileiras procuram acelerar o processo de obtenção de informações que podem ser cruciais para tornar mais eficientes os esforços para salvar vidas e abrandar os efeitos da pandemia provocada pelo Sars-CoV-2, o novo coronavírus.
Para o diretor de Relações Internacionais da UFMG, Aziz Tuffi Saliba, a QM - que tomou a iniciativa da coalizão - e a HUST são fortes parceiras da UFMG. “A HUST é sediada na cidade de Wuhan, onde teve início a pandemia, e tem acumulado conhecimento e experiências importantes. A Queen Mary e a Fiocruz são referências na área de saúde, e a UFMG vai somar esforços com essas instituições, por meio de pesquisas de excelência em áreas como genética e microbiologia”, diz ele.
 
O acordo de colaboração prevê discussão sobre mecanismos de proteção dos profissionais de saúde e a busca de evidências de que uma alta carga viral tem papel relevante na gravidade da doença. As instituições do Brasil e do Reino Unido também têm especial interesse em conhecer melhor ensaios dos tratamentos em andamento e os protocolos que foram utilizados - com e sem sucesso - no tratamento, em Wuhan, de doentes já nos estágios finais da epidemia.
 
E a segurança para sair da quarentena?
 
“A experiência dos chineses será ainda de grande importância para que Brasil e Reino Unido estabeleçam medidas de segurança para o processo de saída do período de quarentena, considerando que parte da população ainda será formada por infectados assintomáticos”, explica Aziz Saliba. Ele acrescenta que a Queen Mary University já desenvolve pesquisas para descobrir se há características genéticas que tornam algumas pessoas mais suscetíveis a consequências mais severas da infecção. Os estudos estão concentrados, por enquanto, nos profissionais de saúde. A Universidade é referência em farmacologia e terapias inovadoras.
 
De acordo com o diretor de Relações Internacionais, a ideia é que, em um segundo momento, outras universidades brasileiras próximas a instituições chinesas juntem-se a esse esforço de produção conjunta de conhecimento capaz de dar suporte às decisões em diversos campos, no combate à pandemia do coronavírus (Covid-19).

Outra parceira importante da UFMG, a Renmin University of China, já foi contactada pela Diretoria de Relações Internacionais com o objetivo de cooperação nas áreas de ciências humanas e sociais. “Além de produzir ciência com excelência, a China está na frente do Brasil no que diz respeito aos estágios epidemiológicos do coronavírus (Covid-19)”, afirma Aziz Saliba. “O Brasil tem muito a se beneficiar da colaboração nesse momento grave. No caso particular da UFMG e de outras universidades, será criada a oportunidade de cooperação internacional em alto nível após a superação do coronavírus (Covid-19).”

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