O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ao mudar o discurso sobre a quarentena e outras restrições decretadas pelos governadores para conter a contaminação do coronavírus, já indicou que vinham mudanças. Nessa quarta-feira, em transmissão pelas redes sociais, Mandetta defendeu a abertura das igrejas e estabelecimentos religiosos, claro. “Fiquem abertas, não se aglomerem”. A justificativa é que “a fé é um elemento de melhora da alma e do espírito da população”, a mesma coisa que Bolsonaro vem reafirmando, nos últimos dias. E não deu outra. Nesta quinta-feira, 26, foi publicado no Diário Oficial o decreto de Bolsonaro sobre as atividades essenciais durante o combate ao coronavírus. As atividades religiosas foram incluídas na lista, como também a abertura das lotéricas. O decreto ressalta que o funcionamento deve “obedecer a determinações do ministério da Saúde”. Ao afinar o discurso com Bolsonaro, Mandetta sugeriu que as lideranças religiosas incentivem as transmissões à distância. Mas será que eles vão seguir as orientações? A CNBB, órgão máximo da Igreja Católica no Brasil, já reafirmou que as missas devem ser pela internet para que as pessoas permaneçam nas suas casas. A Federação Espírita Brasileira segue pelo mesmo caminho e afirma que os centros espíritas vão manter o atendimento virtual. Entre evangélicos pentecostais, muitos bispos e pastores vêm lembrando aos fiéis sobre a necessidade de continuar contribuindo com o dízimo. Pela internet, tentam explicar como podem fazer os depósitos on line, mas destacam a dificuldade de muitos colaboradores. Entre as atividades liberadas pelo decreto, estão as pesquisas científicas, muito importantes nesse momento para encontrar novos caminhos para combater o coronavírus, a produção de petróleo e de energia elétrica, entre outras.
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