Vamos pensar um pouco sobre a notícia divulgada pela jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna no jornal Folha de São Paulo. Ela se refere a um ofício sigiloso. Repetindo, ofício si-gi-lo-so.
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, teria encaminhado aos magistrados da corte um ofício sigiloso informando que uma célula terrorista pode estar preparando "agressões contra ministros deste tribunal".
A primeira pergunta é: se era sigiloso, como foi que perdeu o sigilo? A segunda pergunta nasce da informação no mínimo mal formulada: “célula terrorista pode estar preparando”. Como assim? Está ou não está? É terrorista ou não é? É célula ou não é?
A terceira pergunta é: por que os supostos terroristas teriam dito, em suas comunicações, que os ministros mantêm uma rotina que facilita o contato físico e visual? Queriam apenas brincar de polícia e bandido? Queriam soltar pistas para tornar o atentado mais emocionante?
A quarta pergunta é: o que Marcelo do Valle tem a ver com isso? Pelo que se sabe, fez parte de grupos neonazistas, sendo o representante em Brasília, mas está preso.
A quinta pergunta é: por que a informação foi repassada pela Polícia Federal ao ministro Alexandre de Moraes e não ao presidente do Supremo?
Enfim, perguntas não faltam. O que falta é resposta.