27/11/2019 às 12h05min - Atualizada em 27/11/2019 às 12h05min

LOUCURA NO PODER!

WITZEL INTIMIDA NASSIF

 

Existe algo de faroeste no reino dos dirigentes da direita. O presidente da República ganhou fama por simular tiros de fuzil-metralhadora – felizmente ainda não acertou ninguém...
E no estado do Rio de Janeiro, além de subir em helicópteros para atirar em favelas, o governador Witzel enviou seus PMs armados de fuzil para entregar uma intimação ao jornalista Luis Nassif. Uma loucura!!! Ou será que isso é coisa natural no mundo na direita extremista?
 
A Procuradoria Geral da República acatou a representação que Nassif fez contra Witzel, por abuso de autoridade e tentativa de intimidação, e encaminhou o caso para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em função da prerrogativa de foro de Witzel. O caso está sendo conduzido pela subprocuradora Lindora Maria Araújo.
 
Agora adivinhe o motivo do processo!
No dia 4 de maio, Witzel produziu a cena dantesca de entrar em um helicóptero para metralhar supostos locais de encontros de traficantes, em Angra dos Reis. Metralharam uma tenda que, soube-se depois, era de religiosos. Por sorte, não havia ninguém sob a tenda. Na hora, Nassif gravou um vídeo acusando Witzel de genocida, por sua atitude e por sua política de segurança. Nassif lembra que, posteriormente, essa prática se confirmou com a ordem para a polícia, através de snipers, atirar “na cabecinha”, de quem portasse armas. Várias pessoas teriam sido mortas por engano. A morte da criança Agatha por um policial – que confundiu um fuzil com uma esquadria carregada por um motoqueiro – confirmou as consequências dessa política.
 
Diz Nassif que Witzel decidiu processá-lo por injúria para fugir da exceção da verdade. Em vez de denunciar à Justiça ou ao Ministério Público, fez através da sua Polícia Civil, com o claro propósito de intimidar. Ele ainda acrescenta que a denúncia foi colocada na Delegacia de Crimes de Informática, nada havendo que justificasse essa decisão. Afinal, a crítica foi feita abertamente, por uma pessoa identificada, em um site do GGN no Youtube.
 
Depois de algum tempo de investigação, o delegado que conduziu o inquérito sustentou que Nassif estaria fugindo do caso, por não ser localizado. Encaminhou a denúncia ao promotor, que percebeu que Nassif morava em São Paulo e só poderia ser ouvido por precatória.
 
A intimação foi encaminhada por dois policiais ostensivamente armados da Polinter, a polícia estadual. Em função disso, Nassif encaminhou uma representação à Procuradoria Geral da República, que encaminhou o caso para o STJ.

Será que teremos todos que andar de coletes à prova de balas? Ou melhor, à prova de witzels?

GGN
 
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