Promotores na Suécia suspenderam investigação sobre uma alegação de estupro contra o australiano co-fundador do Wikileaks, Julian Assange, em 2010. Assange, que nega a acusação, evita a extradição para a Suécia há sete anos, depois de procurar refúgio na embaixada do Equador em Londres em 2012.
Assange, de 48 anos, foi despejado em abril e condenado a 50 semanas de prisão por violar suas condições de fiança. Atualmente, ele está preso na prisão de Belmarsh, em Londres. A investigação sueca foi arquivada em 2017, mas foi reaberta no início deste ano, após o despejo da embaixada.
Em junho, o então secretário do Interior do Reino Unido, Sajid Javed, aprovou formalmente um pedido de extradição dos EUA, onde Assange é procurado por 18 acusações relacionadas ao vazamento em massa de segredos americanos.
O que a promotoria sueca disse? A vice-diretora de Ministério Público Eva-Marie Persson tomou a decisão de "interromper a investigação sobre Julian Assange", afirmou a Autoridade Sueca de Promotoria. "O motivo dessa decisão é que as evidências se enfraqueceram consideravelmente devido ao longo período decorrido desde os eventos em questão", acrescentou.
Persson também disse: "Gostaria de enfatizar que a parte lesada apresentou uma versão crível e confiável dos eventos. Suas declarações foram coerentes, extensas e detalhadas; no entanto, minha avaliação geral é de que a situação evidencial foi enfraquecida a tal ponto que não há mais motivo para continuar a investigação". Os promotores disseram que a decisão foi tomada após entrevistas com sete testemunhas no caso.
Afinal, sobre o que foi a investigação sueca? Assange foi acusado de estupro por uma mulher e agressão sexual por outra após uma conferência do Wikileaks em Estocolmo em 2010. Ele sempre negou as acusações, dizendo que houve sexo consensual. Ele também enfrentou investigações por abuso sexual e coerção ilegal, mas esses casos foram extintos em 2015, porque expirou o tempo.
E a verdade verdadeira, como saber? Aparentemente, nunca se saberá. Teria que ver para crer. Mas só resta ao mundo crer ou não crer.