24/03/2021 às 19h01min - Atualizada em 24/03/2021 às 19h01min

​4 MINISTROS DA SAÚDE E 1 PRESIDENTE

MORTES: 300.000, 300.001. 300.003, 300.004...

 
Nesta quarta-feira, 24 de março, o Brasil chegou a 4 ministros da Saúde no (des)governo Bolsonaro: Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich, Eduardo Pazzuello e agora Marcelo Queiroga. E chegou também a uma média aproximada de 1.000 mortes por dia por coronavírus desde que a pandemia invadiu o país em março de 2021. Muitas dessas mortes aconteceram em meio ao colapso hospitalar e sem a assistência médica necessária. O número de óbitos foi de 1.172 nas últimas 24 horas, segundo balanço parcial (10 Estados) com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa e divulgados às 16h40 de 24 de março de 2021.
 
Dá para imaginar tragédia igual? Dá, sim – na 2ª Guerra Mundial, os Estados Unidos perderam 291.557 soldados. Ainda assim, menos do que o Brasil de Bolsonaro perdeu para a pandemia, em muito menos tempo.

É um número grande demais para aceitarmos com tranquilidade. São todas as pessoas que moram em cidades como Palmas, no Tocantins, ou Limeira, no interior paulista, ou em Manaus, Rio Branco, Bagé, Goiânia, não importa a cidade - é sempre um importante pedaço do Brasil. Direta ou indiretamente, todos já perdemos alguém ou conhecemos alguém que se foi. É um descontrole absoluto, absurdo. O Brasil completou na sexta-feira, 19, o período de duas semanas como o país com mais mortes diárias pela covid no mundo, segundo os dados da Our World in Data, ligada à Universidade de Oxford (Reino Unido).
Nessa última semana, o Brasil foi responsável por 27% dos óbitos de todo o planeta. Ultrapassamos os Estados Unidos na sexta-feira, 5, quando registramos 1.800 novas mortes (contra 1.763 dos Estados Unidos). E a diferença não para de aumentar. É a maior crise sanitária e hospitalar da história do País.
Algumas das perdas poderiam ter sido evitadas, se o Brasil estivesse mais capacitado para combater a pandemia. Em Bauru, a família do comerciante Marco Aurélio Oliveira precisou de uma medida judicial para conseguir uma vaga na UTI. Em Teresina, a técnica de enfermagem Polyena tentou uma reanimação no chão por falta de maca disponível – a unidade de pronto-atendimento (UPA) estava cheia.

Para Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, nada indica que vamos retroceder em breve. A média móvel de mortes só vai crescer. “Quanto mais aguda a pandemia, maior é a politização e a falta de gerência da pandemia. Atingimos 300 mil óbitos no meio da troca no Ministério da Saúde. Temos um dos piores indicadores do mundo.” Mas o problema maior não está no ministério da Saúde - está no Alvorada.

Informa-se também que Pazuello saiu atirando, teria dito que houve boicote interno e pedido de políticos por ‘pixulé’. Meu Deus!!!

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na IstoÉ.
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