20/03/2021 às 07h58min - Atualizada em 20/03/2021 às 07h58min

CORONAVÍRUS CRESCE NO MUNDO

ATÉ A CHINA TEVE UM CASO


O primeiro caso de coronavírus local na China desde fevereiro, segundo The Guardian, foi de uma funcionária de um hospital que recebeu duas vacinas entre o final de janeiro e o início de fevereiro.
A paciente, identificada pelo sobrenome Liu, trabalhava na área de quarentena de um hospital na cidade de Xian, desde 4 de março, e foi a principal responsável pela coleta de amostras de pessoas em quarentena para testes de coronavírus, informou o Health Times no sábado (o Health Times é um jornal publicado pelo Diário do Povo, o jornal oficial do Partido Comunista da China).

O caso foi relatado na quinta-feira, 18, tornando-se o primeiro caso transmitido localmente desde 14 de fevereiro.
O Health Times, citando um grupo de especialistas da província de Shaanxi, onde está localizada a cidade de Xian, disse que Liu foi infectada após ser acidentalmente expostA enquanto estava na área de quarentena do hospital.
A publicação citou Zeng Guang, ex-epidemiologista-chefe do centro de prevenção e controle de doenças da China, dizendo que a taxa de proteção da vacina "não é 100%" e que é "relativamente seguro em vez de" absolutamente seguro", mas que o público não deve duvidar das vacinas por causa deste caso.
“A taxa de eficácia das vacinas domésticas na prevenção de casos graves na China é de mais de 90%, e a taxa de proteção geral é de mais de 70%”, disse Zeng, acrescentando que hospitais de tratamento de coronavírus são áreas de alto risco onde a equipe médica vacinada não pode controlar a possibilidade de infecção.

A China desenvolveu suas próprias vacinas, mas Zeng não especificou qual vacina Liu recebeu.
Trinta e três funcionários que trabalham na área de quarentena com Liu tiveram resultados negativos no teste de ácido nucléico e foram submetidos a isolamento e observação médicos centralizados.

A notícia da China veio quando vários países europeus retomaram a vacinação de cidadãos com a AstraZeneca após uma declaração dos reguladores da União Europeia e da Organização Mundial de Saúde. No Brasil, não há nada contra até agora. Segundo a Agência Brasil, a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera que os benefícios da AstraZeneca superam os riscos. A preocupação de que a vacina Covid-19 da AstraZeneca possa causar coágulos sanguíneos fez com que países pausassem seu uso recentemente. Mas depois que a Agência Europeia de Medicamentos disse que era "seguro e eficaz", Alemanha e Itália anunciaram, na sexta-feira, 19, que estavam usando novamente.
A França, onde um terço da população entrou em um novo lockdown parcial no sábado, também trouxe a vacina de volta ao uso. Mas recomendou seu uso apenas para maiores de 55 anos, uma vez que os coágulos sanguíneos relatados só foram vistos em pessoas mais jovens.
Especialistas em segurança de vacinas da Organização Mundial da Saúde disseram que “os dados disponíveis não sugerem nenhum aumento geral nas condições de coagulação” entre as pessoas vacinadas.
Holanda, Espanha, Portugal e Indonésia também encerraram as suspensões e o comitê consultivo da Irlanda recomenda seguir o exemplo.
Buscando tranquilizar suas populações, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson e o primeiro-ministro francês Jean Castex receberam sua primeira dose de AstraZeneca na sexta-feira.
A Polônia começa um novo lockdown de três semanas no sábado, com lojas, hotéis e instalações culturais e esportivas fechadas.
A Ucrânia, que teve o terceiro maior aumento de novos casos no mundo nesta semana, de acordo com a France-Presse, também vai impor algumas restrições. Os casos aumentaram 55%, para uma média de 11.200 por dia nesta semana. Bangladesh viu o maior aumento com 92% a mais de novos casos esta semana, enquanto a Moldávia foi a terceira, com 78%.
A Índia relatou 40.953 novos casos de coronavírus no sábado, o maior salto diário em quase quatro meses, com seu estado mais rico e a espinha dorsal econômica de Maharashtra sendo responsável por mais da metade das infecções.
As mortes aumentaram em 188 para 159.404, informou o Ministério da Saúde, destacando um ressurgimento do vírus no terceiro país mais afetado do mundo, depois dos Estados Unidos e do Brasil.

Outros países europeus, como Itália e Espanha, optaram por toques de recolher em vez de lockdown, em uma tentativa de reduzir a taxa de transmissão.
Bélgica e Suíça, onde os casos estão aumentando, também adiaram o levantamento das restrições na sexta-feira.

Leia também em The Guardian.
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