03/03/2020 às 14h21min - Atualizada em 03/03/2020 às 14h21min

​PM DE DORIA ATACA SERVIDORES NA ASSEMBLEIA

REFORMA DA PREVIDÊNCIA APROVADA


A lei é para todos? Não demorou nem uma semana para o Brasil constatar que a “lei” que valeu para os policiais amotinados no Ceará, durante 13 dias, não é a mesma para os servidores estaduais que tentaram impedir a aprovação da reforma da Previdência, nessa terça-feira, na Assembleia Legislativa de São Paulo. Lá no Ceará, a greve ilegal dos policiais militares recebeu apoio de deputados da extrema-direita, do comandante da Força Nacional e até de ministros. Na semana passada, o ministro da Justiça, Sergio Moro, chegou a dizer que a greve era ilegal, mas os amotinados não podiam ser tratados como bandidos. E os professores, médicos, servidores estaduais são bandidos? 
Proibidos de entrar no plenário da Assembleia para acompanhar a segunda votação da reforma, eles foram atacados por policiais da tropa de choque enviados pelo governador João Doria. A “casa do povo” virou uma praça de guerra. Os policiais jogaram bombas de gás de pimenta nos servidores. Os deputados da oposição pediram para a mesa diretora retirar os batalhões de choque, mas não foram atendidos. Há relatos de servidores feridos. Em meio ao caos, a reforma da Previdência de São Paulo foi aprovada por 59 votos a favor - dois a mais que os necessários - e 32 contra. Como não precisa da sanção do governador João Doria, assim que for promulgada, a alíquota de contribuição passa de 11% para 14%. O tempo de contribuição aumenta para 25 anos. A idade mínima para as servidoras se aposentarem passa para 62 anos e a dos homens para 65. Professores, policiais civis e agentes penitenciários entram em um regime de aposentadoria especial. Quem já tiver 25 anos de contribuição poderá se aposentar, mulheres aos 57 e homens 62 anos.
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