23/01/2024 às 09h10min - Atualizada em 23/01/2024 às 09h10min

NOVA INDÚSTRIA BRASIL.

VAI INDUSTRIALIZAR MESMO OU É FAKENEWS?


 
A nova política, apresentada durante a reunião do CNDI (Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial), nessa segunda-feira (22), no Palácio do Planalto, pretende revitalizar o setor industrial brasileiro ao longo dos próximos 10 anos.
 
O vice-presidente da CNI, Léo de Castro, destacou a relevância da participação do setor público na retomada da indústria nacional. E enfatizou que a iniciativa representa uma política pública moderna, buscando impulsionar o desenvolvimento sustentável por meio de investimentos, produtividade, exportação, inovação e geração de empregos.
 
O diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI, Rafael Lucchesi, avaliou a nova política como muito positiva, destacando seu potencial para alavancar a descarbonização da economia e posicionar o setor industrial brasileiro como líder no desenvolvimento sustentável.
 
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente e ministro do MDIC (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Geraldo Alckmin, estiveram presentes no evento, que marcou a parceria entre governo e setor privado para a implementação da Nova Indústria Brasil.
 
O governo federal pretende destinar, até 2026, R$ 300 bilhões para financiamentos, com R$ 194 bilhões adicionais redirecionados para dar suporte às prioridades da Nova Indústria Brasil. O plano segue o Plano de Retomada da Indústria proposto pela CNI no ano passado e estabelece metas para seis missões, abrangendo áreas como agroindústria, saúde, infraestrutura, transformação digital, bioeconomia, e tecnologias de interesse nacional.
 
Conheça as seis missões anunciadas pelo CNDI:
 
Missão 1: Cadeias agroindustriais sustentáveis e digitais para a segurança alimentar, nutricional e energética.
Para alcançar as metas dessa missão, algumas das prioridades são a fabricação de equipamentos para agricultura de precisão, máquinas agrícolas para a grande produção, e a ampliação e a otimização da capacidade produtiva da agricultura familiar para a produção de alimentos saudáveis.
 
Missão 2: Complexo econômico industrial da saúde resiliente para reduzir as vulnerabilidades do SUS e ampliar o acesso à saúde
A meta é ampliar a participação da produção no país de 42% para 70% das necessidades nacionais em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, entre outros, contribuindo para o fortalecimento do SUS e a melhoria do acesso da população à saúde.
 
Missão 3: Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis para a integração produtiva e bem-estar nas cidades
Uma das propostas é ampliar em 25% a participação da produção brasileira na cadeia da indústria do transporte público sustentável. Para se ter uma ideia, hoje representa 59% da cadeia de ônibus elétricos (podendo alcançar, portanto, 74%).
 
Missão 4: Transformação digital da indústria para ampliar a produtividade
Para que 90% do total das empresas industriais brasileiras sejam digitalizados (hoje são 23,5%) e a participação da produção nacional nos segmentos de novas tecnologias seja triplicada, é preciso investir na indústria 4.0, no desenvolvimento de produtos digitais e na produção nacional de semicondutores, entre outros.
 
Missão 5: Bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas para garantir os recursos para futuras gerações
A transformação ecológica na indústria é um dos objetivos, para aumentar o uso da biodiversidade pela indústria e reduzir em 30% a emissão de carbono da indústria nacional, que tem 107 milhões de toneladas de CO2 por trilhão de dólares produzido (!).
 
Missão 6: Tecnologias de interesse para a soberania e defesa nacionais
A meta é conseguir autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas para fortalecer a soberania nacional. Assim, a prioridade será para ações voltadas ao desenvolvimento de energia nuclear, sistemas de comunicação e sensoriamento, sistemas de propulsão e veículos autônomos e remotamente controlados.
 
Ou seja, tá tudo muito bom, tudo muito bem, mas o setor privado tem que agilizar a sua parte, não pode viver eternamente no mundo do faz de conta...
 
 
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