O povo não esquece. Todos sabem como começou o golpe que levou à ditadura militar de 64.
João Goulart, o Jango, que era vice e assumiu a Presidência da República com a renúncia de Jânio Quadros (presidente entre 31 de janeiro de 1961 e 25 de agosto de 1961), também tinha ideias “perigosas” para os fascistas da época. Ele pretendia realizar as reformas de base, com o objetivo de reduzir as desigualdades sociais brasileiras. Por exemplo, as reformas bancária (para ampliar o crédito aos produtores), eleitoral (para estender o voto aos analfabetos e militares de baixas patentes), educacional (para valorizar os professores, oferecer ensino para os analfabetos e acabar com as cadeiras vitalícias nas universidades) e agrária (para democratizar o uso das terras). As elites da época obviamente começaram a temer uma alteração social que ameaçasse seu poder econômico. Começaram por reduzir o poder presidencial. Além da saída de Jânio, conseguiram impor o parlamentarismo (que durou quase 2 anos, de setembro de 1961 a janeiro de 1963), com um Congresso, na época, extremamente elitizado. A mobilização popular em defesa das reformas ganhou corpo e as elites decidiram ir direto ao ponto, o Brasil mergulhou na ditadura militar.
Já vimos esse filme de terror e não podemos permitir que os terroristas de plantão imponham uma reprise. Felizmente, líderes de esquerda, centro e direita unem-se contra a ameaça de fechamento do Congresso Nacional encampada por Bolsonaro. Lula, Dilma, Haddad, FHC, Ciro, Doria, Felipe Santa Cruz, Celso de Mello e outros levantam-se contra a ameaça de Bolsonaro contra o Congresso e o Supremo.
