14/02/2020 às 16h24min - Atualizada em 14/02/2020 às 16h24min

​BOLÍVIA QUER DERRUBAR GOLPE NAS URNAS

PARTIDO DE EVO ESTÁ NA FRENTE DAS PESQUISAS


As últimas pesquisas para as eleições presidenciais na Bolívia indicam que o povo quer  tirar os golpistas e devolver o poder ao partido do presidente deposto Evo Morales. A chapa Movimento Ao Socialismo (MAS) que tem como candidato a presidente o ex-ministro da Economia e Finanças, Luis Arce, aparece com 40% da preferência do eleitorado. O candidato a vice-presidente é o ex-chanceler David Choquehuanca. A chapa tem um grande reforço: Evo Morales. Deposto por um golpe armado pela direita aliada aos evangélicos e com apoio dos EUA, em outubro de 2019, o ex-presidente está exilado na Argentina, mas conseguiu registrar sua candidatura ao Senado por Cochabamba. Os golpistas se dividiram. A ex-senadora que usurpou o poder e assumiu a presidência, Jeanine Añez  se aliou ao empresário Samuel Medina e aparece em segundo lugar nas pesquisas pelo JUNTOS, com 22%. Fernando Camacho, principal articulador do golpe, criou o  CREEMOS, com o apoio dos evangélicos,  aparece em terceiro, com 20%. Em quarto lugar aparece Carlos Meza com a Comunidad Ciudadana (CC) com 14% da preferência dos eleitores.
A eleição está marcada para o dia 3 de maio. Até lá, os movimentos sociais, lideranças estudantis e as categorias contrárias ao golpe, prometem estar nas ruas e bater de porta em porta, para mostrar ao eleitorado porque a Bolívia virou alvo das forças que não querem que as riquezas do país gerem benefícios para a população. O economista e professor Luis Arce sabe explicar muito bem essa difícil situação. Como ministro da Economia e Finanças dos governos de Evo Morales, ele foi um dos responsáveis pelo constante crescimento econômico da Bolívia. Na última década, a média de crescimento foi de 5%, superior à maioria dos países sulamericanos. Evo Morales nacionalizou a produção de petróleo e gás e, com os ganhos, fez uma distribuição de renda através do “Bono”, inspirado no Bolsa Família instituído pelo ex-presidente Lula, ampliado pela ex- presidenta Dilma Rousseff, mas que agora está sendo arrasado pelo governo Bolsonaro. Aliás, o golpe de outubro foi apoiado pelo Brasil, seguindo a orientação do governo de Donald Trump.
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