Aparentemente existe algo nos céus de Brasília além dos aviões de carreira. O assessor internacional de Bolsonaro, olavista Filipe Martins, perdeu funções e poder. De acordo com decreto publicado no Diário Oficial, ficou sem algumas de suas principais atribuições.
No decreto, publicado no Diário Oficial desta sexta-feira, 14, Bolsonaro transferiu algumas das atribuições de sua Assessoria Especial – comandada, entre outros, pelo chefe adjunto Filipe Martins, desde 3 de janeiro do ano passado – para a Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE). A Assessoria Especial, que fica na sala 314 do Palácio do Planalto, aliás, tinha recebido o codinome de “gabinete do ódio”.
Também nesta sexta-feira, Bolsonaro nomeou o almirante Flávio Augusto Viana Rocha para comandar a SAE, que a partir de agora fica responsável por novas funções, como assistir o presidente na preparação de material de informação e de apoio, de encontros e audiências com autoridades estrangeiras, de preparar a correspondência com autoridades e de encaminhar e processar as proposições e expedientes da área diplomática. A partir de agora, a SAE ficará subordinada diretamente a Bolsonaro.
Uma das consequências imediatas seria o esvaziamento do ‘gabinete do ódio’, que tem - ou tinha... - a função de comandar a disseminação de conteúdos em favor da militância conservadora e de extrema direita nas redes sociais. A partir daí é que opera Filipe Martins, de 31 anos, contratado para o aconselhamento do chefe de Estado sobre temas internacionais por indicação de Olavo de Carvalho, o astrólogo de Virgínia, guru dos Bolsonaros. Até aqui, Martins era um dos membros mais influentes do grupo que vive naquela órbita. Agora não se sabe se ele será apenas mais um perdido no espaço.
