O jornal The New York Times de ontem, dia 13, escreve reportagem com o título “Ex-presidente brasileiro Lula encontra o Papa e recebe bênção”. Diz que, além da bênção papal a Lula, os dois discutiram as perspectivas de um "mundo mais justo e fraterno". Fala das fotos do encontro que Lula postou em suas contas do Twitter e do Facebook com um breve comentário sobre o que foi tratado na reunião de uma hora de duração. A reportagem também trata das acusações que pesam sobre Lula e que ele se diz inocente, que são de motivação política. Reserva bom espaço para falar do Papa e sua defesa da Amazônia e, no final, ainda reserva espaço para referir-se às ideias de Bolsonaro de aumentar as atividades de extração de madeira e mineração na Amazônia.
Já o Jornal Nacional traz William Bonner dedicando 49 segundos à notícia do encontro - mas 63% desse tempo são dedicados a dizer que Lula “foi condenado à prisão em segunda instância, e está solto porque o Supremo Tribunal Federal entendeu que os condenados podem permanecer em liberdade até o esgotamento dos recursos judiciais”.
Podemos dizer que no The New York Times estão demonstrados os dois pesos e duas medidas de uma notícia. De um lado, temos a importância do encontro do principal líder do mundo católico com o maior líder político do Brasil; do outro lado da balança, a notícia de um presidente desequilibrando a Amazônia.
