11/02/2020 às 09h30min - Atualizada em 11/02/2020 às 09h30min

MUY AMIGO!

TRUMP CORTA BENEFÍCIOS AO BRASIL

 
Os Estados Unidos de Trump (aquele “amigo do peito” de Bolsonaro) acabam de retirar o Brasil da sua lista de nações em desenvolvimento e, com isso, restringem benefícios comerciais ao nosso país. Alguns dizem que isso significa apenas restringir o cálculo de medida compensatória (que tem o objetivo de compensar subsídio concedido - direta ou indiretamente, no país exportador - para a fabricação, produção, exportação ou transporte de qualquer produto, cuja exportação cause dano à indústria do país importador) para a investigação de subsídios, seria uma mudança considerada pequena e que não vai afetar temas importantes relacionados ao comércio internacional. Dizem que a mudança de teto de subsídios baixou pouco, com variações de 1% a 2%, e que seu objetivo é atingir a China, que também se apresenta na OMC como país em desenvolvimento. É, pode ser. Mas se o benefício é tão pequeno assim, por que Trump perderia tempo com isso? Se é tão pequeno assim, por que, então, afetaria a China?
 
Também foram afetados outros 18 países, como Argentina, Índia, Colômbia, que agora podem ser alvo dos Estados Unidos caso seja comprovado, por exemplo, que eles subsidiam produtos acima de um determinado teto (são 82 os países ainda considerados  pelos Estados Unidos como subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, de acordo com a listagem da OMC, que, portanto, continuariam com o benefício, inclusive países como Venezuela e Cuba – mas aí já seriam outros 500 mirréis...).
 
O principal objetivo do governo Trump, segundo a nota, é reduzir o número dos países em desenvolvimento que poderiam receber tratamento especial sem serem afetados por barreiras contra seus produtos.
O americano estaria procurando atingir principalmente a China, com quem há anos trava uma guerra comercial e que também se apresenta na OMC (Organização Mundial do Comércio) como país em desenvolvimento.
Diplomatas brasileiros dizem que a lista restringe apenas o cálculo de medida compensatória (que tem o objetivo de compensar subsídio concedido - direta ou indiretamente, no país exportador - para a fabricação, produção, exportação ou transporte de qualquer produto, cuja exportação cause dano à indústria do país importador). Dizem que se trata de mudança considerada pequena e que não vai afetar temas importantes relacionados ao comércio internacional. Ainda segundo eles, a mudança de teto de subsídios baixou pouco, com variações de 1% a 2%. Pode ser. Mas se é tão pequeno assim, por que Trump perderia tempo com isso? Se é tão pequeno assim, por que, então, afetaria a China?
O fato é que, durante sua visita a Washington, em março do ano passado, Bolsonaro aceitou que o Brasil abrisse mão do status de país em desenvolvimento na OMC em troca do apoio dos EUA à entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o clube dos países ricos. E está pagando por isso.
Vindo de Trump e de Bolsonaro, podemos esperar tudo. O povo brasileiro é que se cuide...
 
Leia também no Brasil247 e na Folha.
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