A Petrobras não negocia com os petroleiros e o movimento grevista se amplia e atinge o décimo dia com a adesão em todo sistema, segundo as lideranças dos sindicatos. A tentativa da direção da Petrobras para desestabilizar a greve não está dando certo. Pela primeira vez na história, a estatal convocou aposentados para assumir temporariamente no lugar dos grevistas. A reação dos funcionários que se aposentaram recentemente foi de muita revolta: “Não somos traidores, nem pelego”. Em outras paralisações, a Petrobras se limitava a enviar petroleiros fura-greves de um estado para outro para substituir os operadores. Para a Federação Única dos Petroleiros (FUP) essa é a greve mais forte desde 1995. São 20 mil parados em 91 bases de operação da Petrobras. Os petroleiros querem a suspensão das mil demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná, previstas para começar na próxima sexta-feira (14), e o cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A luta contra a privatização e entrega do patrimônio do Brasil para os estrangeiros é constante entre os trabalhadores. A direção do movimento afirma que está sendo cumprida a decisão do ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho: não há piquetes e a adesão dos petroleiros é espontânea. Segundo os grevistas, a direção da empresa impede o acesso dos sindicalistas para averiguar se o número dos trabalhadores é necessário para manter com segurança o funcionamento das unidades.