01/02/2020 às 07h30min - Atualizada em 01/02/2020 às 07h30min

​PETROBRÁS EM GREVE

“O PAÍS NÃO ESTÁ À VENDA!”

 
Os trabalhadores ocuparam a sede da Petrobrás, no Rio de Janeiro, na tarde dessa sexta-feira (31). É protesto contra demissões em massas e por descumprimento de acordos. Não a mínima intenção de abandonar o local, enquanto a direção da empresa não voltar atrás na demissão de mais de mil trabalhadores da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen) e de não cumprir o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A greve é por tempo indeterminado. Deyvid Bacelar, diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP), afirmou que as atividades operacionais estará paralisadas em 13 estados – onde todas as refinarias já estão em processo de privatização.
 
“Não é coincidência que em todas essas unidades haja ativos da Petrobras à venda, como aconteceu com as oito refinarias e seus treze terminais da Transpetro, que têm prazo de venda até agosto. Até lá, todas as oito refinarias estarão vendidas junto com seus terminais marítimos e terrestres. Estamos falando de cinco mil trabalhadores e trabalhadoras que fizeram concurso e mais de dez mil trabalhadores terceirizados.”
 
O Deyvid Bacelar alerta também para as consequências econômicas que devem impactar a população com a venda das refinarias.
“Esse processo de privatização, seja o fechamento da Fafen do Paraná, seja a venda das refinarias, vai impactar diretamente as cidades, estados e a própria união, por cauda da arrecadação de impostos que deixarão de ser arrecadados. A gente vai ter um impacto gigantesco em matéria de geração de emprego e renda, em um momento em que o Brasil já passa por um processo de aumento do desemprego. Principalmente, teremos um prejuízo enorme para a população, que já paga caro pelos derivados de petróleo como gasolina, diesel, gás de cozinha e irão pagar ainda mais caro, caso a privatização vá adiante."
 
O Acordo Coletivo de Trabalho foi assinado em novembro do ano passado pela Petrobras e por suas subsidiárias, com chancela do TST (Tribunal Superior do Trabalho). Segundo a FUP, as demissões em massa na Fafen ocorreram sem nenhuma comunicação prévia ao sindicato ou à FUP.
 
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