30/01/2020 às 12h24min - Atualizada em 30/01/2020 às 12h24min

​BOLSONARO QUER ACABAR COM OS PARTIDOS

E ENTREGAR A POLÍTICA NAS MÃOS DE EMPRESÁRIOS.

 
O advogado Luís Felipe Belmonte e seu provável mentor Jair Bolsonaro querem o fim do financiamento público das campanhas eleitorais, com a extinção do fundo eleitoral. E querem  reforma política que adote o voto facultativo e o voto distrital. Provavelmente, em primeiro lugar, porque estão com dificuldade em criar um partido que defenda o fascismo. Em segundo lugar, porque devem ter o objetivo de entregar de vez a política nas mãos de amigos empresários. O novo partido de Jair Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil, que ainda está em processo de coleta de assinaturas para oficialização, certamente será um dos maiores defensores do financiamento privado das campanhas eleitorais, como reconhece o próprio Luís Felipe Belmonte. Dá a desculpa esfarrapada de que o objetivo é não usar "dinheiro do contribuinte".
“Não existe dinheiro público. Existe dinheiro do contribuinte. É justo você pegar R$ 2 bilhões, que poderiam ser usados para construir creches, hospitais, cuidar da segurança da população, da educação, para entregar para agremiações políticas?”, diz ele.
Pura demagogia. Pode-se perguntar em resposta: é justo tirar a escolha eleitoral das mãos do povo e colocar nas mãos dos grandes grupos empresariais? Adivinha para as mãos de quem vai escorrer o dinheiro público... É isso que eles mais querem. Ao contrário do que alegam, o financiamento público das campanhas, adotado no Brasil, representa um avanço democrático, tirando de poderosos financiadores (ou reduzindo a influência) o controle dos políticos e das “políticas” do país.
 
Não contente com esse passo atrás, o tal de Luís Felipe Belmonte quer acabar com o voto proporcional, substituindo pelo voto distrital. No nosso sistema proporcional, a representação funciona assim: tem-se uma bancada com um número determinado de vagas. Apura-se quantos votos cada partido teve e são atribuídas cadeiras a esses partidos proporcionalmente aos seus votos. Em cada legenda partidária, serão eleitos os candidatos mais votados até que se preencha o número de cadeiras obtidas. Ao contrário, no sistema de voto distrital, cada membro do parlamento é eleito individualmente dentro dos limites geográficos de um distrito. Sentiu a diferença? É como se você elegesse um vereador para fazer parte do Congresso Nacional... 


 
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