O ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, usou as redes sociais para criticar a indicação do documentário "Democracia em Vertigem" ao Oscar de Melhor Filme Documentário. Ironizou dizendo sentir orgulho por “ver um filme nacional indicado para o Oscar, em 3 categorias: terror, comédia e ficção”.
O tiro do general saiu pela culatra. Internautas lembraram que ele liderou missão no Haiti acusada de matanças e corrupção. Suas tropas teriam disparado 22 mil balas na busca por líder combatente. 22 mil balas, general!!! Foi isso que faltou no filme? Segundo organizações, no Haiti dezenas de civis morreram no fogo cruzado, incluindo mulheres e crianças. Pensando bem, tem certa razão o general: o país ainda está longe de saber de toda a realidade, não pode se fiar na ficção do general.
Mas o general Augusto Heleno das balas não marchou sozinho nas críticas ao filme. Outro metido a “general”, o Filho Eduardo Bolsonaro, também criticou no Twitter a indicação ao Oscar, aproveitando para assassinar a gramática: “não são à toa (sic)”. E mais: “se fosse um documentário mostrando a maior manifestação de rua da história do Brasil (contra o PT do lulopetismo) jamais seriam (sic) indicados”, afirmou.
Tanto o general quanto o filho do capitão demonstraram que são melhor no bang-bang do que em crítica de cinema. Em gramática, então, nem se fala: causam vertigem em qualquer um...
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