10/01/2020 às 06h53min - Atualizada em 10/01/2020 às 06h53min

DESEMBOLSA, BRASIL!

PAULO GUEDES NÃO QUER MAIS BOLSA FAMÍLIA...

 
Paulo Roberto Nunes Guedes, atual ministro da Economia do Brasil, é aquele economista que quer fazer economia com a bolsa dos mais pobres - simplesmente não quer dar dinheiro para expansão do Bolsa Família. Diz que não tem dinheiro pra isso. Será que é por medida de “economia” que pensa em mudar o nome para “Renda Brasil”, “Família Brasil” ou “Bolsa Brasil”? Pergunta-se também: o custo dessa troca (que não é um trocado qualquer...) vai para o bolso de quem e sai do bolso de quem?
 
Na verdade, o que esse governo Bolsonaro-Guedes (ou será Guedes-Bolsonaro?) defende é uma versão magérrima, bem desnutrida, do Bolsa Família, alegando magreza de recursos. Durante todo o ano de 2019, Bolsonaro não concedeu reajuste do benefício pela inflação. E para cumprir a promessa de pagar a 13ª parcela teve que fazer pedalada, remanejando dinheiro que era da Previdência Social.
 
O Bolsa Família atende pessoas que vivem em situação de extrema pobreza (com renda per capita de até R$ 89 mensais) e de pobreza (com renda entre R$ 89,01 e R$ 178 por mês).
O valor recebido varia de acordo com o número de integrantes da família, idade e renda. Atualmente, a média é de aproximadamente R$ 191.

Elaborada pelo Ministério da Cidadania e pela Casa Civil, a proposta inicial de reformulação elevaria o orçamento do programa em R$ 16 bilhões. Mas Paulo Guedes exige o contrário, quer desidratar o Bolsa Família.
Para este ano, foram reservados R$ 29,5 bilhões. Em 2019, o Bolsa Família precisou de R$ 32,5 bilhões. Ou seja, ele quer reduzir em quase 10% os merréis das família carentes.
Isso significa que qualquer aumento próximo de R$ 3 bilhões seria apenas para recompor o orçamento do programa e garantir mais um pagamento da 13ª parcela, promessa de Bolsonaro. Mas os cálculos preliminares mostram que só o aumento do benefício para a parcela mais miserável representaria mais R$ 4 bilhões no orçamento deste ano. Acontece que a “família Guedes” quer reduzir a expansão da verba do Bolsa Família em R$ 2 bilhões - insuficiente para compensar o corte em relação ao ano passado. E a reformulação, que era para ter sido anunciada no fim de 2019, foi abortada.

A nova marca para o programa sugerida pelo Ministério da Cidadania seria Renda Brasil, Família Brasil ou Bolsa Brasil. Mas bem que poderia ser “A Bolsa ou a Vida, Brasil!”...
 
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