Pesquisa Datafolha, feita nos dias 5 e 6 de dezembro do ano passado, mostra Sergio Moro e Lula como as personalidades públicas em que os brasileiros mais confiam. Eles se destacaram entre 12 figuras do cenário político avaliadas em levantamento do Datafolha.
O Datafolha pediu que os entrevistados dissessem, em uma escala de 0 a 10, qual o nível de confiança que tinham em cada um dos integrantes da lista. As notas até 5 são consideradas baixo índice de confiança, de 6 a 8, médio, e 9 e 10, alto. O índice leva em conta as notas atribuídas por aqueles que disseram conhecer a personalidade em questão.
Um terço (33%) disse ter alta confiança em Moro, 23%, média confiança, e 42%, baixa confiança. Na lista dos mais confiáveis, Lula vem em seguida, com 30% de confiança alta (16% média e 53% baixa). Ele empata, dentro da margem de erro, com Moro no quesito alta confiança, mas foi colocado em segundo por ter índices inferiores de média e de baixa confiabilidade.
Em seguida, estão empatados, na margem de erro, Bolsonaro, com 22% (22% média e 55% baixa), e Luciano Huck, com 21% (22% média e 55% baixa).
A pesquisa mostra ainda que a credibilidade de Lula, que estava em queda, voltou a subir cinquenta por cento. Os 20% de alta confiabilidade em fevereiro de 2016 transformaram-se agora em 30%. O que pode ser visto como excelente, considerando-se os ataques incessantes que recebeu, além de ter sido preso. No fim de 2009, no seu segundo mandato na Presidência da República, Lula tinha índice de 52% - e deve caminhar nessa direção.
Moro estava praticamente sozinho nessa disputa, nadava de braçada, e viu seu índice de alta confiança dobrar: eram 14% em fevereiro de 2016, agora são 33%. Ele é o ministro mais popular e bem avaliado do governo, aprovado por metade da população.
Lula foi solto em novembro do ano passado, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e aguarda em liberdade o julgamento de todos os recursos judiciais. Para 54% dos brasileiros, a soltura foi justa.
Lula e Moro serão os nomes que decidirão a próxima eleição presidencial – mesmo que não estejam disputando diretamente.