03/01/2020 às 15h23min - Atualizada em 03/01/2020 às 15h23min

​TRUMP X IRÃ: O MUNDO EM ALERTA.

BOLSONARO NÃO COMENTA ATAQUE E FALA EM ALTA DE COMBUSTÍVEIS


As grandes potências mundiais se dividiram entre condenar o ataque dos Estados Unidos, ao aeroporto de Bagdá, nessa sexta-feira, que matou o chefe da elite da Força Quds iraniana, Qassem Soleimani, e um pedido de moderação entre os americanos e o Irã, para evitar um conflito maior. A Rússia condenou o ataque e deu  apoio ao Irã. Em comunicado, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, escreveu: “No assassinato de Soleiman como resultado de um bombardeio em Bagdá, vemos um passo aventureiro que levará ao aumento da tensão em toda a região”. E ainda destacou que “Soleiman se dedicou a defender os interesses nacionais do Irã. Expressamos nossas sinceras condolências ao povo iraniano”. Em Pequim,o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, disse que “os Estados Unidos devem manter calma sobre a sua relação com o Irã e o Iraque para manter a paz e a estabilidade no Oriente Médio. O Reino Unido também pediu que “todas as partes reduzam a escalada de violência para evitar um conflito de maiores proporções na região”. Preocupação também nos Estados Unidos. Os dois  democratas que disputam a indicação do partido para disputar a presidência com Donald Trump, no dia 3 de novembro deste ano, temem as consequências do ataque. O ex-vice presidente dos EUA, Joe Biden, publicou um comunicado no Twitter.  Ele disse que “nenhum americano lamentará a passagem de Qassem Soleimani”, mas afirmou que “Trump acabou de jogar uma dinamite em caixa de madeira. A declaração do governo diz que o objetivo é impedir os futuros ataques do Irã, mas essa ação terá o efeito oposto”. Biden também cobrou um plano para garantir a vida dos americanos no país e no exterior. Também pelo Twitter,  o senador por Vermont, Bernie Sanders, afirmou que “a escalada perigosa de Trump nos aproxima de outra guerra desastrosa no Oriente Médio que poderá custar inúmerias vidas e trilhões a mais de dólares. Trump prometeu acabar com as guerras sem fim, mas essa ação nos coloca a caminho de outra”. Sanders também lembrou que votou contra a guerra contra o Iraque, em 2002,  por temer uma grande desestabilização na região. “Esse medo infelizmente agora voltou e pode virar realidade. Os EUA perderam aproximadamente 4.500 soldados, milhares ficaram feridos e gastamos trilhões”, concluiu o senador. Aliado e defensor do presiddente Trump, o presidente Jair Bolsonaro não comentou sobre o ataque americano em Bagdá, ao ser questionado pelos repórteres, quando saía do Palácio da Alvorada. Ele disse que ia consultar o general Heleno, chefe  do Gabinete de Segurança Institucional, sobre o assunto “para depois emitir meu juízo de valor”. Mas não perdeu tempo para antecipar futuros aumentos de combustíveis que possam acontecer com o conflito no Oriente Médio. “Que vai impactar, vai. Agora, vamos ver nosso limite aqui. Porque, se subir, já está alto o combustível, se subir muito, complica”, afirmou Bolsonaro. Já nas primeiras horas dessa sexta-feira, os preços do petróleo dispararam. O preço do barril saltou quase 3 dólares. A preocupação de possíveis interrupções do fornecimento de petróleo no Oriente Médio já era grande. E os internautas não perdoaram as “ligações perigosas” de Bolsonaro com o presidente Donald Trump. As hastags #BolsonaroFicaCalado e #SeOBrasil... (entrar na guerra) alcançaram rapidamente os Trending Tops do Twitter.
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