14/12/2019 às 07h45min - Atualizada em 14/12/2019 às 07h45min

BRASIL DE BOLSONARO GANHA PRÊMIO:

FÓSSIL DO ANO!


Bolsonaro deve estar muito taoquei.
O Brasil “venceu" nesta sexta-feira (13), último dia da COP 25, o prêmio Fóssil do Ano. Trata-se de “distinção” muito importante, oferecida por organizações ambientais aos países que menos contribuíram para um acordo na Conferência do Clima das Nações Unidas.
 
Desde o primeiro dia do evento, o governo Bolsonaro enfrenta pressões de ONGs e de outros países que criticam o fato do Brasil não avançar no combate às mudanças climáticas, através de um acordo internacional sobre a redução de emissões de gases de efeito estufa. Esta foi a primeira vez que o país recebeu a justíssima “distinção” das ONGs. O Brasil ocupa a sétima posição na lista, ao despejar na atmosfera cerca de 3% de gases como CO2.
Nesta COP, já havia vencido dois “Fósseis do Dia” - o que também já era inédito.
 
Como acontece sempre, o nome do país “vencedor” – no caso, o Brasil – foi vaiado pelos presentes. Uma cerimônia irônica, mas repleta de mensagens sérias, destinada às organizações da sociedade civil na Conferência do Clima.
 
Para o representante da organização Climate Action Network, que organiza a premiação, “o Brasil tornou-se um pária ambiental, aos 11 meses do governo de extrema direita de Jair Bolsonaro”, declarou. "O Brasil juntou-se aos Estados Unidos como um dos países que mais ameaçam o Acordo de Paris.”
 
“As motosserras de Bolsonaro mataram políticas ambientais que, na última década, tinham permitido ao Brasil conseguir espetaculares cortes de emissões - e essa política resultou no maior desmatamento da Amazônia da década“, complementou o ambientalista, ressaltando  que, apenas nesta semana, mais três indígenas foram mortos ao defender a floresta no país.

A premiação também destacou que, durante a COP, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, tenta “ganhar recursos para aumentar o desmatamento”. Trata-se a uma referência às pressões realizadas por Salles para que os países ricos oficializem o financiamento prometido para os países pobres combaterem as mudanças climáticas - mas sem que o país esclareça como vai melhorar a proteção das florestas.
 
RFI

 
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