Sergio Moro, o ministro da Justiça desse governo de extrema-direita, atacou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre prisão em segunda instância. Mal acostumado como juiz da Operação Lava Jato, está louco para descumprir a lei. Diz ele que foi isto que piorou a percepção do povo sobre corrupção. Como assim?! Ele está preocupado com a percepção ou com o cumprimento da lei? Talvez esteja nervoso, temendo ser humilhado Bolsonaro em público. O fato é que a pesquisa Datafolha aponta que 50% da população acham que a gestão do governo onde ele atua como ministro da Justiça é ruim ou péssima na área do combate à corrupção, índice maior do que o verificado em agosto (44%).
Em vez de tentar melhorar (difícil...) o governo que representa, Sergio Moro responsabilizou, em entrevista, a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a prisão para condenados em segunda instância pela percepção dos brasileiros de que o governo federal não atua como deve no combate à corrupção. Vai acabar concluindo que o culpado é o povo.
Moro quer de qualquer maneira que haja prisão em segunda instância, para poder prender Lula novamente. Provavelmente, Bolsonaro mandou ele dar um jeito nisso, taoquei? Sergio Moro não se conforma com a liberdade que Lula passou a ter, com a decisão do Supremo. Ele está louco para, mais uma vez, condenar Lula injustamente. Ele não aceita ter sido flagrado diversas vezes cometendo irregularidades em diálogos com procuradores da Operação Lava Jato e põe a culpa em "sensacionalismo" da Folha de São Paulo.
Deve estar ainda mais nervoso, porque acaba de sofrer uma derrota política no Congresso Nacional com a desidratação do seu “pacote anticrime". Na verdade, está se preparando, junto com aliados lavajatistas no Parlamento, para reapresentar medidas que o pacote continha, como a licença para matar, entre outras.
Moro também vive de olho em 2022, provavelmente com ou sem Bolsonaro. Cada vez mais, ele deixa cair a máscara de juiz para revelar o politiqueiro que sempre foi.
Leia mais no Brasil247 e na Folha. Foto de Pedro França/Agência Senado
