Em primeiro lugar, é bom lembrar que em todas as pesquisas, principalmente nas eleitorais, o melhor é confiar nelas, mesmo sabendo que podem estar erradas. Às vezes, com toda certeza estão erradas – com erros que vão além das margens de erro. Mas no caso da pesquisa Veja / FSB, com 2.000 eleitores entrevistados, a margem de erro é pequena, de 2,2% para mais ou para menos, o que dá certa segurança em seus resultados. Por exemplo, é muito bom saber, que sonhos de golpes militares de extrema direita não são bem-vindos pela imensa maioria da população (quase 80%). Apenas 10% apontaram a ditadura como uma alternativa ideal, viu, Bolsonaro? Mesmo que 40% vejam que há risco de cairmos em uma ditadura, 90% não consideram apoiar algo assim. Deu para entender, não deu, Bolsonaro? A sua extrema direita está sem apoio! Não adianta mandar seu Filho e seu Paulo Guedes acenarem com o velho truque do AI-5. A maioria do Brasil não apoia! Mais surpreendente e mais importante ainda não é a rejeição a pretensões ditatoriais nem são os números dos que lideram a corrida da próxima corrida presidencial – mas, sim, os excelentes índices de quem está em segundo lugar. Não por acaso, é Lula que está em segundo, avançando para uma óbvia primeira colocação. De nada adiantou prender e tentar enxovalhar a sua liderança. Saiu da prisão injusta com fôlego suficiente para retomar a dianteira do combate à direita fascista. No confronto direto entre Lula e Bolsonaro, temos 40% para Lula e 45% para Bolsonaro. No confronto direto entre Lula e Moro, teríamos Lula com 39% e Moro com 48%. Se o candidato de oposição a Lula será Bolsonaro ou Moro, isso é irrelevante. Mas provavelmente o candidato da direita será mesmo Bolsonaro. Moro seria o novo vice. O importante nisso tudo é vislumbrar que o fim do terror da direita está bem próximo.