05/12/2019 às 06h07min - Atualizada em 05/12/2019 às 06h07min

LAVANDO A LAVA JATO

COMEÇOU INVESTIGAÇÃO CONTRA PROCURADOR DE PROPINA


O Ministério Público Federal abriu investigação para apurar sobre propinas que teriam sido pagas ao procurador Januário Paludo, nome da nossa velha conhecida força-tarefa da Operação Lava Jato. É considerado conselheiro do procurador Deltan Dallagnol - o coordenador da força-tarefa - e próximo daquele ex-juiz Sergio Moro, que agora é ministro da Justiça do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro.

Tudo começou com um relatório da Polícia Federal, de outubro, sobre mensagens trocadas entre o doleiro Dario Messer e sua namorada.  Nelas, citações de que foi paga propina a Paludo para proteger o doleiro. O relatório da PF foi enviado à PGR (Procuradoria-Geral da República) para providências, mas já se avalia o caso como gravíssimo. E a Corregedoria do Ministério Público Federal instaurou uma sindicância para apurar as mesmas suspeitas do ponto de vista ético-disciplinar.
 
Dario Messer, “o doleiro dos doleiros”, deve ser ouvido na investigação penal no STJ. Outros nomes também poderão ser chamados a depor, como o advogado Rodrigo Tacla Duran, talvez o primeiro a levantar a voz contra o pessoal da Lava Jato. 
Em conversas gravadas, Messer diz à sua namorada que uma das testemunhas de acusação contra ele teria uma reunião com Paludo, e acrescenta: “Sendo que esse Paludo é destinatário de pelo menos parte da propina paga pelos meninos todo mês”. 
Para a PF, de acordo com a reportagem do UOL, os “meninos” mencionados por Messer são Claudio Fernando Barbosa de Souza, o Tony, e Vinicius Claret Vieira Barreto, o Juca, suspeitos de atuar com o doleiro em operações de lavagem de dinheiro investigadas pela Lava Jato do Rio.
 
Paludo começou na Operação Lava Jato em Curitiba em 2014. É apontado como conselheiro de Deltan Dallagnol, o coordenador da força-tarefa, e próximo do ex-juiz Sergio Moro, hoje ministro da Justiça (!) do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro.
 

Leia também no Brasil247
e na Folha.
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »