03/12/2019 às 08h14min - Atualizada em 03/12/2019 às 08h14min

​FUTURO DE MORO:

REVER AS PREVISÕES DO TEMPO


Justiça seja feita, a figura de Moro não é nada agradável. Quando sorri, projeta antipatia e falsidade, um sorriso esgarçado. Quando fala, é inacreditável. Em entrevista à Rádio Jornal Caruaru, o atual ministro da Justiça(!), mostrou que vê o futuro com os olhos do passado. Demonstrou fortemente que Lula não sai de sua cabeça ao declarar que “Lula faz parte do meu passado e acho que do passado do país”.
 
Na verdade, como ele mesmo reconhece, Moro não se sente à vontade para falar de Lula, porque Lula é a pedra no seu caminho, o obstáculo ao futuro que ele gostaria de ter. Isso fica ainda mais claro com sua crítica, de forma indireta, à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a inconstitucionalidade da prisão após condenação em segunda instância, que ele pressiona para reverter em projeto enviado ao Congresso.
 
Nas suas palavras, Lula “estava lá cumprindo a pena pela qual ele foi condenado. Acabou sendo beneficiado por essa decisão, sobre a questão da segunda instância. Mas os problemas judiciais dele permanecem e cabe a ele resolver. A gente não tem nenhuma interferência”. Se ele não tem interferência, certamente gostaria de ter, gostaria interferir da mesma forma que fez no passado. Torce – e distorce – para que a volta de Lula à prisão seja o seu melhor presente.

Mas é melhor esquecer a presidência, Moro (tá difícil até ganhar o amém da bancada evangélica para ser candidato a vice de Bolsonaro em 2022...). Com Lula livre, leve e solto, essa obsessão que você tem é perda de tempo.

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