Em 2018, o Instituto Aquífero Alter do Chão criou um grupo de voluntários (Brigada de Alter do Chão) para ajudar no combate às queimadas na floresta e que atua em parceria com o Corpo de Bombeiros. E a ONG PSA, fundada por médicos, atua há 30 anos na floresta fornecendo ajuda e serviços de saúde para a população local. Sem saber o que fazer para controlar as queimadas na Amazônia, a polícia resolveu aqueles que combatem as queimadas como se fossem os responsáveis pelas queimadas que eles combatem!!! Dá pra entender?
Lançaram a Operação Fogo de Sairé e realizaram prisões, busca e apreensão na sede da ONG. A polícia pediu a prisão preventiva dos voluntários, que acusou de iniciar focos de incêndio para depois combatê-los e arrecadar fundos enviados por entidades internacionais. Pode isso? Como chegaram a essa conclusão? Haja imaginação!
A detenção dos brigadistas gerou mobilização de grupos indígenas, movimentos sociais e ativistas pelo meio ambiente, que dizem que as prisões tiveram motivação política e são uma tentativa de criminalizar as ONGs, em meio à tensões fundiárias e pressões imobiliárias crescentes na região — que é valorizada por ser um dos principais destinos turísticos da Amazônia.
Felizmente, um mínimo de bom senso predominou. Foram liberados.
