A Polícia Federal desencadeou no Acre uma operação com a “alcunha” de Cítrus. Trata-se de uma operação evidentemente no meio político, mas não falou nome de partido nem de candidato. Dizem que a investigação vai chegar no laranjal do DEM e pode sugar a força do deputado federal Alan Rick. Segundo a Wikipédia, ele é jornalista, apresentador de TV, pastor evangélico e político. Nas eleições de 2014 foi eleito deputado federal pelo Acre, com 17.903 votos. Curiosamente, é no Acre que está a detentora do voto mais caro do Brasil, a candidata a deputada estadual pelo Acre e policial militar Sônia de Fátima Silva Alves (também do DEM). Nas eleições de 2018, ela conquistou... seis votos! O fato chamou a atenção da Justiça. A imprensa nacional deu destaque ao fato. A Polícia Federal está apurando. Já foram cumpridos oito mandados de busca em Rio Branco, além de oitivas de testemunhas e investigados. E a laranjada continua...
O nome da operação, todos sabem, é referência às candidaturas fictícias, que já passaram a ser chamadas de candidaturas-laranja. Segundo release da Polícia Federal, o objetivo é aprofundar as investigações sobre possível prática de crimes eleitorais, associação criminosa, desvio de recursos eleitorais e fraude na prestação de contas (caixa dois eleitoral), além de lavagem de dinheiro. Isso porque representantes locais de um partido político teriam ocultado, disfarçado e omitido movimentações de recursos financeiros oriundos do fundo partidário, especialmente os destinados às candidaturas de mulheres. O partido? O DEM de Alan Rick. O TSE determina que 30% dos valores do fundo eleitoral devem ser empregados na campanha de candidatas do sexo feminino. Mas há indícios fortíssimos de que os valores foram aplicados de forma fictícia, desviados para livre aplicação em outras finalidades.
“Teve uma possível candidata laranja que teria recebido mais de R$240.000,00 do fundo eleitoral, e só teve 6 votos. Em alguns municípios nos quais houve contratação de cabos eleitorais e coordenadores de campanha, essa candidata não teve nem mesmo 1 voto”, relata a assessoria da PF.
