21/11/2019 às 16h16min - Atualizada em 21/11/2019 às 16h16min

FAMÍLIA DE MARIELLE NÃO QUER MORO NO CASO

DEPUTADO SUGERE PRISÃO DE CARLOS BOLSONARO

A mais nova tentativa de transferir as investigações sobre a morte da ex-vereadora do PSOL-RJ, Marielle Franco, e do motorista Anderson Gomes para a área do ministro da Justiça, Sergio Moro, provocou reação imediata do PSOL e da família. Anielle Franco mandou recado pelo Twitter: “Sergio Moro nunca se interessou pelo caso da minha irmã. Mas agora, milagrosamente, fortemente, fielmente, ele apoia a federalização! Eu conto ou vocês contam que não somos bobos e não queremos que ele se meta? Estamos de olho, Moro”. O deputado federal do PSOL-RJ, Marcelo Freixo também questionou a federalização. “Impressionante esse interesse repentino @SF_Moro pelo caso Marielle...Depois de passar mais de 600 dias em silêncio sobre o assassinato, de uma hora para outra ele resolveu entrar com tudo nessa história. Por que será?” alfinetou Freixo. 
O ministro da Justiça, Sergio Moro, só reagiu depois que o jornalista Kennedy Alencar afirmou na rádio CBN, nesse domingo, que a Polícia Civil do Rio de Janeiro trabalha com uma nova linha de investigação que envolveria o envolvimento do vereador licenciado do PSC-RJ, Carlos Bolsonaro, segundo filho do presidente, na morte de Marielle.
Também pelo Twitter, o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) sugeriu a prisão preventiva  de Carlos Bolsonaro. "Quando um suspeito de assassinato coage testemunha, porteiro por exemplo, desmancha provas, apagando postagens das redes ou da telefonia da portaria e muda de endereço abandonando o serviço, podendo preparar fuga, não é o caso de preventiva?", questionou Correia. 
No lançamento do partido Aliança pelo Brasil, nessa segunda-feira, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro acusou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, ex-aliado, de “manipular” as informações no caso Marielle. “Agora jogam pra cima do Carlos Bolsonaro. Qual a ideia? É fazer a narrativa da TV Globo. Durante a minha viagem de 12 dias ao Japão eu avisei que a Globo iria divulgar o caso Marielle e aconteceu no penúltimo dia. E começaram dizendo que estava em Brasília. Isso é uma pauta que não deve ser divulgada”, sentenciou Bolsonaro, afirmou que falta “gratidão” de Witzel a ele e aos filhos Flávio e Carlos, que teriam feito com que ele se elegesse governador do Rio de Janeiro.  
A Polícia Civil do Rio convocou para depor, mais uma vez, os assessores de Carlos Bolsonaro na Câmara de Vereadores carioca. Eles querem mais detalhes sobre como era a relação entre  Marielle e Carlos Bolsonaro. Vizinhos de gabinete, teria havido uma discussão no corredor da Câmara entre a turma de Carlos com assessores da Marielle que também serão ouvidos.
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