19/11/2019 às 06h42min - Atualizada em 19/11/2019 às 06h42min

AS RUAS PODEM AVANÇAR

GOVERNOS TEMEM – E TREMEM


A situação econômica complica-se cada vez mais e o caos social pode ganhar corpo. Os governantes insistem em tomar medidas amargas e as manifestações populares certamente ganharão as ruas, avançarão, poderão se espalhar pelos principais centros do país. Infelizmente, são possibilidades bem fortes.
 
Entre os governantes estaduais e municipais, essas manifestações populares são sempre motivo de pavor. Não têm muito o que fazer, diante da deterioração econômica e social do país. Tanto as polícias civis quanto as militares estão monitorando convocações de atos, em vários estados. Entre os grupos de simpatizantes do uso da força militar, já se discute a necessidade de responder com força a um levante, repetindo o que já acontece no Chile.
 
O sinal de alerta foi ligado no governo federal e em governos locais. Para evitar mobilizações, estados do Nordeste trabalham para garantir o 13º do funcionalismo em meio ao aperto fiscal.  
A equipe econômica é pressionada para suavizar a reforma administrativa.  
Em São Paulo, as cúpulas das polícias Civil e Militar foram orientadas a monitorar convocações de atos, especialmente na capital.
Governadores e prefeitos de partidos de centro veem na luta política o risco de um curto-circuito social. Segundo eles, após a saída de Lula da prisão - e considerando que a direita organiza manifestações -, podem ocorrer conflitos.  

Esta opinião não é a mesma dos governadores mais à esquerda, que não veem o componente político como o maior risco. Eles consideram que são a estagnação econômica e a degradação das contas públicas que levam à insatisfação social.  
O medo deles é outro. Os governadores temem que uma conflagração nas ruas seja usada pelo governo Jair Bolsonaro como pretexto para estabelecer medidas autoritárias. (Como se ele precisasse de pretexto!)
A coluna Painel, da Folha, informa que já se discute - entre grupos de simpatizantes de militares da reserva - sobre a necessidade de responder com força a um levante nos moldes do que se desenrola no Chile.

Quem sobreviver verá. Mas... quem sobreviverá?
 
BRASIL247
FOLHA
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