Bolsonaro pediu desculpas à China por bobagens que disse como candidato na campanha presidencial de 2018. Disse ele que, como candidato, falou mal da China, mas afirmou que hoje todos sabem que isso não reflete a realidade. Ele tinha afirmado que o país asiático, maior investidor na economia nacional, estaria "comprando o Brasil".
Apesar da submissão que demonstra aos interesses geopolíticos dos Estados Unidos, Bolsonaro teve que se dobrar à realidade, durante a cúpula dos BRICS, realizada em Brasília. Bolsonaro disse ter falado mal do país asiático em 2018, na condição de candidato, mas que hoje todos sabem que isso não reflete a realidade.
A declaração foi feita pela manhã, durante a sessão fechada da 11ª Cúpula de Líderes do BRICS, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Além de Bolsonaro, estavam presentes os líderes da Rússia, Vladimir Putin, da China, Xi Jinping, da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e da Índia, Narendra Modi, segundo informam Patrícia Campos Melo e Talita Fernandes, da Folha de São Paulo.
De olho no investimento chinês no Brasil, ele começou a mudar o tom. Ao chegar a Pequim, no mês passado, Bolsonaro disse não se sentir constrangido, porque estava em um país capitalista. O encontro bilateral com Xi foi o primeiro dos quatro dos quais Bolsonaro participou e o único a ser realizado no Palácio do Itamaraty, à margem da Cúpula do BRICS. Na reunião privada, os dois trocaram gentilezas, e Bolsonaro teria até mesmo dito que gostaria de levar a primeira-dama, Michelle, para conhecer a China.
