Segundo a Folha de São Paulo, Carluxonaro atendeu a orientação de seus advogados para apagar seus perfis em redes sociais antes de prestar depoimento à CPMI das Fake News. A defesa estaria temendo que aumente a exposição de sua ligação com a milícia virtual, por causa do “power point” preparado por Joice Hasselmann (PSL-SP) que será apresentado à CPMI.
Naturalmente, o vereador licenciado Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) não ia dar esse mole de manter o seu rico material exposto para deleite da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News no Congresso, de acordo com informações da coluna de Guilherme Amado nesta quinta-feira (14). Carluxonaro também estaria irritado com as broncas do pai, que já teria pedido pra pegar leve no Twitter. Ele é considerado um dos líderes da ala mais radical do bolsonarismo e aliado do astrólogo de Virgínia, Olavo de Carvalho.
O assunto Fake News ganhou destaque nas páginas da imprensa nas eleições presidenciais do ano passado, quando houve uma campanha ilegal financiada por empresas contra o então candidato Fernando Haddad (PT), favorecendo Jair Bolsonaro.
A reportagem da Folha mostrou que cada contrato chegava a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan, de um aliado de Bolsonaro. No mês passado, o WhatsApp admitiu que a eleição teve uso de envios massivos de mensagens, com sistemas automatizados contratados de empresas. “Na eleição brasileira do ano passado houve a atuação de empresas fornecedoras de envios massivos de mensagens, que violaram nossos termos de uso para atingir um grande número de pessoas”, afirmou Ben Supple, gerente de políticas públicas e eleições globais do WhatsApp, em palestra no Festival Gabo, segundo outra reportagem da Folha.
A rigor, teria que ser anulada a eleição de Bolsonaro, diante de sua estratégia Fake News. Leia também no Brasil247