13/11/2019 às 15h46min - Atualizada em 13/11/2019 às 15h46min

​BRASIL TEM DE PROTEGER VENEZUELANOS

MADURO REAGE À INVASÃO DA EMBAIXADA




Uma corrente humana protege os diplomatas do governo Nicolás Maduro que estão na embaixada da Venezuela, em Brasília, invadida por um grupo de partidários de Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente da Venezuela. A ONU alerta que todos os “estados membros são responsáveis pela segurança das embaixadas e dos funcionários diplomáticos em seus países, em linha com a Convenção de Viena”.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, cobrou o respeito pela Convenção. Na mesma postagem do Twitter, ele denunciou a invasão e responsabilizou o governo brasileiro pela segurança dos diplomatas e instalações da embaixada. O deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, desde cedo apoiou a invasão. “Nunca entendi essa situação. Se o Brasil  reconhece  Guaidó como presidente da Venezuela por que a embaixadora Maria Teresa Belandria @matebe, indicada por ele, não está fisicamente na embaixada? Ao que parece agora está sendo feito o certo, o justo”, pelo Twitter. Não foi só ele que apoiou a atitude dos invasores, o Itamaraty enviou o coordenador-geral de privilégios e imunidades,   Maurício Correia, para tentar tirar os diplomatas venezuelanos da embaixada. Não conseguiu e ainda ouviu uma aula sobre as leis internacionais. O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta, foi o primeiro a chegar à embaixada. Os invasores agrediram Pimenta e os diplomatas, mas ninguém saiu do prédio. 
Segundo informações, a pressão da Rússia e da China fez o presidente Jair Bolsonaro mudar o tom do discurso sobre a invasão na embaixada. Em nota, o governo negou que apoie a atitude dos partidários de Guaidó e classificou de “ inescrupulosos e levianos” aqueles que divulgam informações de que o governo brasileiro teria apoiado a invasão. Na verdade, a situação na embaixada da Venezuela constrange, ainda mais, o governo Bolsonaro no dia da abertura da reunião dos Brics, em Brasília. O presidente da Rússia, Wladimir Putin, desembarcou em Brasília no mesmo momento que a polícia do Distrito Federal e o Itamaraty não estavam fazendo nada para garantir a segurança dos diplomatas de Nicolás Maduro. A Rússia e a China apoiam Maduro e foram contra o golpe de estado que levou  Evo Morales a renunciar à presidência da Bolívia. Brasil e Estados Unidos foram os únicos países que, imediatamente, reconheceram a autoproclamação da senadora golpista Jeanine Anez. 
Ler também Jamil Chad / UOL


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