12/11/2019 às 14h54min - Atualizada em 12/11/2019 às 14h54min

ESPANHA UNIDA CONTRA A DIREITA

GOVERNO PROGRESSISTA A CAMINHO


Depois de duas eleições parlamentares e um surpreendente crescimento da extrema-direita, o PSOE e o PODEMOS fecharam um pré-acordo, nessa terça-feira, 12, para formar um governo progressista na Espanha. Nas eleições de domingo, 10 de novembro, os socialistas voltaram a conquistar o maior número de cadeiras no Parlamento, mas tiveram três a menos que na primeira rodada. Com 120 dos 350 lugares, não conseguiram a maioria para governar. O PODEMOS perdeu sete cadeiras e elegeu 35 parlamentares. O VOX, da extrema-direita, dobrou e agora tem 53 cadeiras.
 
O pré-acordo assinado pelo presidente do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, e Pablo Iglesias, do PODEMOS, tem 10 prioridades para situar a Espanha como referência de proteção aos direitos sociais na Europa. A geração de emprego e a garantia da convivência da Catalunha com o governo central mereceram destaques. Segundo El País, Iglesias será o vice-presidente neste governo e se trata de um acordo ‘sem vetos’. “Esse pré-acordo nasce com propósito de abrir-se a outras forças políticas para ser viável uma maioria parlamentar estável e sustentável”, disse Pedro Sánchez. Agora, o PSOE vai manter contatos com outros partidos políticos.
 
O parlamentar Alberto Garzón, do Podemos, pelo Twitter, confirmou o acordo antes do anúncio formal e comemorou. "Alcançamos um acordo para um governo de coalizão entre o Podemos e o PSOE. Hoje é um dia de celebração. Obrigado a toda a militância que lutou para que pudéssemos chegar aqui. Hoje mostramos que é possível". A decisão dessa terça-feira é histórica porque leva à formação do primeiro governo de coalizão da Espanha desde o retorno do país à democracia, após a morte do ditador Francisco Franco, em 1975.
 
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