O presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, já começou a transição democrática com o atual presidente, Maurício Macri. Eles se reuniram, na manhã desta segunda-feira, na Casa Rosada, sede do governo. A festa da vitória da chapa Albert-Cristina tomou conta das ruas argentinas logo que os primeiros resultados oficiais já confirmavam a vitória no primeiro turno. Nas redes sociais, a retomada do poder pela esquerda argentina também foi muita comemorada nos outros países da América do Sul, inclusive no Brasil. Quem não gostou nada da derrota de Macri, foi o presidente Jair Bolsonaro. “Lamento. Eu não tenho bola de cristal, mas eu acho que a Argentina escolheu mal”, afirmou aos jornalistas, em Abu Dhabi. Bolsonaro disse ainda que não vai cumprimentar Fernández pela vitória, apesar de fazer parte da tradição diplomática parabenizar os vencedores nos países vizinhos. Ainda mais com a Argentina, o terceiro maior parceiro comercial do Brasil. Bolsonaro também criticou Alberto Fernández por ter reforçado a campanha mundial “Lula Livre” no discurso da vitória. Na manhã desse domingo, 27 de outubro, o presidente eleito da Argentina enviou os parabéns pelo aniversário ao amigo Lula, pelo twitter. Na foto Fernández apareceu, ao lado dos assessores, fazendo o “L” de Lula. Bolsonaro não gostou, mas o FMI e o mercado financeiro reagiram bem à vitória de Alberto Fernández-Cristina Kirchner. O Fundo Monetário internacional já parabenizou os vencedores. Logo após a abertura, nesta segunda-feira, a Bolsa de Buenos Aires subiu mais de 6%. Alta também em Nova York. Os ativos argentinos subiram 5%, logo na abertura de Wall Street. A partir desta segunda, 28, começam a valer novas regras para a compra de dólares na Argentina. Os partidários de Alberto Fernández e Cristina Kirchner começavam a comemorar a vitória, quando o Banco Central da Argentina reduziu de US$ 10 mil para US$ 200, nas operações eletrônicas, o valor permitido para a compra do dólar sem autorização prévia. Para o saque no caixa, só poderão retirar US$100. Segundo as autoridades, é uma tentativa de preservar as reservas em dólares para o próximo governo. Até o dia 23, as reservas estavam em US$ 46 milhões. As restrições vão até dezembro, quando Alberto Fernández e Cristina Kirchner tomam posse no dia 10.
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