26/10/2019 às 06h53min - Atualizada em 26/10/2019 às 06h53min

AMÉRICA DO SUL: “OBRIGADO, BOLSONARO!”

GRAÇAS A BOLSONARO, PROGRESSISTAS AVANÇAM...

 

Você é um candidato a presidente de perfil progressista e quer vencer as eleições? Associe o seu adversário a Jair Bolsonaro. É vitória garantida. O professor de Relações Internacionais Fernando Almeida, da UFF (Universidade Federal Fluminense), diz isso com todas as letras:
"O fato de ele apoiar políticos de um perfil que seja próximo ao dele não está beneficiando esses políticos. O que se vê lá fora a respeito de comentários sobre o governo Bolsonaro é, no mínimo, de tristeza. Quem gosta do Brasil fica até triste. É um baixíssimo perfil que nós temos atualmente, muito baixo. Algo que nunca houve".

Tem coisa melhor para nossos hermanos?
A esquerda estava perdendo espaço em todas as áreas da América do Sul, por acusações de suposta corrupção. Mas as aberrações bolsonarianas rapidamente causaram pânico no eleitorado. Quem, em sã consciência, vai querer adotar o mau exemplo brasileiro? Bolsonaro é o “vade retro, satanás!” que a esquerda usa em suas campanhas. Aliás, nem precisa usar nas campanhas – basta o noticiário sobre as barbaridades aqui o Brasil.
 
A vitória de Morales, pela bilionésima vez, é um exemplo. É verdade que ele se mantém no cargo com boa popularidade e amplo reconhecimento internacional principalmente por suas conquistas, que incluem um sólido crescimento econômico e políticas muito bem sucedidas de combate à pobreza e ao analfabetismo. Mas, quem sabe, o fantasma Bolsonaro pode ter contribuído para que a vitória fosse no primeiro turno.
 
Na Argentina, a dupla Alberto Fernández/Cristina Kirchner certamente teria mais dificuldade para vencer o atual presidente Mauricio Macri, se Bolsonaro não existisse. O fato de Bolsonaro ter assumido arrogantemente o apoio a Macri foi uma bênção para a campanha de Alberto e Cristina. Alberto Fernández, aliás, chegou a visitar Lula na prisão.
 
No Uruguai, a situação é mais difícil. É a esquerda que está no poder e lidera as pesquisas no primeiro turno, com 30% contra os cerca de 25% para Luis Lacalle Pou (Partido Nacional, filho do ex-presidente Luis Alberto Lacalle). Mas as alianças da direita podem vencer no segundo turno. A não ser que o “fator Bolsonaro” fique ainda mais forte e ajude a esquerda uruguaia na reta final. O tema da campanha da direita é “Vivir sin miedo”, defendendo uma reforma constitucional que altere as disposições com relação à segurança pública.
 
O povo uruguaio precisa urgentemente que Bolsonaro apoie o candidato da oposição...
 
Leia também Brasil247.
El País.

Vermelho.
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